sábado, maio 26, 2012

inquietações acerca da pesquisa na web em ensino de ciências/biologia...


gostaria de pensar com meus leitores e co-autores alguns aspectos sobre a pesquisa que solicitamos que nossos alunos façam na web... o que você pensa sobre isso?

Para você, o que é pesquisa?

As pesquisas que os alunos fazem na web, são pesquisas científicas?

Para você, o que é laboratório?

Para que serve este espaço?

terça-feira, maio 15, 2012

Scielo Books

Você sabia que o scielo também disponibiliza livros?
Pois é, eu não sabia... e fiquei muito feliz em encontrar o http://books.scielo.org/

Pelo que eu encontrei, tem mais livros sobre algumas temáticas e de algumas editoras, mas livros bem interessantes! vale a pena dar uma olhadinha!

Fiz uma listinha de livros que quero olhar com mais calma, uma cesta de e-books!

(Im)pertinências da educação: o trabalho educativo em pesquisa (Oliveira, Maria Lúcia de, 2009)
Pesquisa em educação: métodos e modos de fazer (Silva, Marilda da; Valdemarin, Vera Teresa, 2010)
Pesquisa em educação escolar: percursos e perspectivas (Lima, José Milton; Silva, Divino José da; Raboni, Paulo Cesar de Almeida, 2010)
Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias ( Martins, Lígia Márcia; Duarte, Newton, 2010)
Memória e formação de professores (Nascimento, Antônio Dias; Hetkowski, Tânia Maria, 2007)Linguagem, educação e virtualidade (Soto, Ucy; Mayrink, Mônica Ferreira; Gregolin, Isadora Valencise, 2009)

Difusão e cultura científica: alguns recortes (Porto, Cristiane de Magalhães, 2009)
Ensino de ciências e matemática, I: temas sobre a formação de professores (Nardi, Roberto, 2009)
Ensino de ciências e matemática, II: temas sobre a formação de conceitos (Caldeira, Ana Maria de Andrade, 2009)
Ensino de ciências e matemática III: contribuições da pesquisa acadêmica a partir de múltiplas perspectivas (Bastos, Fernando, 2010)
Ensino de ciências e matemática, IV : temas de investigação (Pirola, Nelson Antonio, 2010)



 



Convite para lançamento de livro

É com muito prazer que divulgo o convite para lançamento de livro onde tenho um capítulo junto com meu orientador do doutorado, Nelson Pretto:


quarta-feira, março 28, 2012

Política, Cultura e Tecnologias

Olá

Hoje fui provocada por uma ex-aluna, que pretendia escrever algo sobre a articulação entre Política, Cultura e Tecnologias, mas que encontrava alguma dificuldade em amarrar os temas com a cultura.... E me relatou algumas coisas que temos visto ultimamente: textos que abordam as TIC como algo que interfere na cultura dos povos, em suas identidades, de modo negativo. No relato dela "Falam que a cultura dos países desenvolvidos terminam por adentrar a cultura de diversos povos, interferindo em suas identidades."

Tentei, rapidamente, escrever algumas linhas sobre o assunto, mas seria interessante ter a opinião de outros.

De maneira geral, eu defendo que a tríade Ciência, Tecnologia e Sociedade é idissociável, sendo parte da cultura e, como tal, deve ser considerada perante as políticas públicas. Ou seja, não podemos pensar tecnologia apenas como uma disciplina de informática que entra na escola, mas como parte integrante do desenvolvimento científico-tecnológico. Da mesma forma, a tecnologia não é algo que vem de fora para dentro da escola, como se a escola tivesse que correr atrás de um tempo perdido em que ela esteve à margem da sociedade, porque a escola é parte da sociedade e contribui para que ela tenha a conformação contemporânea (a escola contribui, seja por sua ação ou por sua omissão). E nisto entra a cultura, não como algo estático e a ser mantido intocável, mas como um movimento fluido, em constante transformação, onde as TIC entram como um dos elementos que vão transformando as culturas - assim como as culturas vão dando novas caras às tecnologias! Afinal, o que determina a identidade de um povo se não seus hábitos e costumes - com conformação histórica, claro - no momento contemporâneo?

E você, o que pensa?

quinta-feira, março 22, 2012

acabou...

é, já é verdade...
acabaram-se as férias...
acabou o verão...


mas não foi só isto que se concluiu nestas últimas semanas

Primerio acabou minha paciência... mas descobri que ainda existia um restinho...
Depois acabou meu tempo... mas descobri que podia render um pouquinho mais...
e, com isso, foi-se acabando a beleza no que eu fazia...

mas enfim acabou.
e confesso, foi extremamente doloroso.
não por conta da paciência e do tempo exigidos, porque quando aplicados com gosto, nos provocam regalo. Este processo foi extremamente doloroso pelas arguras que vivenciei pelo caminho. Expectativas frustradas, confianças quebradas, relações desgastadas. [penso que não necessariamente deve ser assim...]

mas enfim acabou, e hoje começo a olhar com gosto para o resultado: apesar de tudo, até que não ficou tão ruim.
Para falar a verdade, hoje olho com muita felicidade: acabou uma etapa da minha vida para (re)começarem tantas outras, tão mais prazerosas!

enfim, acabou meu doutorado... para dar (re)início a novos belos projetos!

terça-feira, novembro 01, 2011

Bogs no ensino superior

Hoje tive uma grata descoberta: uma colega da Universidade Estadual de Santa Cruz (BA), professora da disciplina Biologia da Conservação, criou um blog para dar visibilidade a problemas ambientais da região. O que é muito legal é que os próprios alunos (co-autores) são os responsáveis pelas postagens, trazendo para a discussão questões que lhes são inquietantes...

Vale a pena acompanhar!

http://biologia-da-conservacao.blogspot.com/

quinta-feira, outubro 13, 2011

domingo, agosto 14, 2011

novos olhares para a formação e prática docente em relação às tecnologias da informação e comunicação

Sempre que uma atividade vai sendo concluída, penso que assim seguem os ciclos da vida...

Nos últimos dias, após um ano do curso de Especialização Tecnologia e Novas Educações (Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia), cinco orientandas minhas apresentaram suas monografias. Foram momentos muito especiais para estas meninas igualmente especiais, ao mesmo tempo que um momento de grande orgulho para mim!
Cada uma em seu contexto de prática docente, investigaram aspectos das tecnologias da informação e comunicação em seu fazer docente, seja investigando como os professores se apropriam delas, como elas se fazem presente em sua formação e espaço de atuação, ou mesmo como tem explorado suas potencialidades (como no caso dos blogs). Todas partiram de situações problemáticas encontradas em sua prática cotidiana, imergindo inquietamente em busca de subsídios para melhor compreensão do tema, ao mesmo tempo que buscavam um aporte teórico sustentável, tecendo análises muito pertinentes. A pesquisa qualitativa deu aporte metodológico e epistemológico, sendo a Análise Textual Discursiva premente na maioria dos trabalhos (em outro post devo falar mais sobre isso).
Este esforço analítico da realidade também levou a um repensar da própria realidade, num movimento reconstrutivo. As ideias, prenhas de sentido, assim como o parto, por vezes geraram processos dolorosos, de questionamentos de certezas, de descontrução de verdades construídas, do olhar sensível e aberto ao novo, da busca da compreensão da realidade não tomando o espelho como única verdade.
Com isso, os trabalhos destacaram aspectos importantes da formação de professores e da prática docente em relação às tecnologias. Ao mesmo tempo que alguns aspectos dos resultados se apresentaram de maneira bastante incisiva, outros questionamentos emergiram:
- a formação inicial dos professores não dá conta da prática docente com as tecnologias.
- talvez mais importante do que pensar que é necessário inserir mais disciplinas obrigatórias com este escopo nas licenciaturas, seja trabalhar com uma concepção de que, como o conhecimento não é algo acabado, a formação dos sujeitos também não o é, preparando o docente para a pesquisa, para o novo, para a reflexão.
- é importante que os diversos setores da sociedade reconheçam os espaços por onde transitamos como espaços de formação. Assim sendo, a escola é um importante espaço de formação ao próprio professor, que deixa de ocupar o lugar de detentor absoluto do saber.
- para isso, é necessário prever (nos documentos, inclusive) espaços e estatégias de diálogo, de interlocução, de emersão de novas práticas. Neste contexto, os maiores entraves parecem não estar propriamente nas tecnologias: como é possível utilizar o momento de AC efetivamente como planejamento, diálogo e avaliação, se este tempo é totalmente tomado pelas burocracias e papeladas que o professor deve preencher? Como pensar em um olhar mais atento e direcionado às necessidades dos educandos, se o professor tem turmas imensas, em salas inadequadas? Como o professor pode desencadear um processo reflexivo se ele mal tem tempo de comer entre a correria entre uma turma e outra, entre uma escola e outra? Como pensar em novas educações se parece ser uma premissa da educação que esta pode acontecer em qualquer lugar, sem qualquer preocupação com a infraestrutura das escolas? Será o professor, sozinho, o responsável por estas transformações e superações?
- no processo de educar, faz-se urgente chamar para dentro da escola todos os agentes envolvidos no processo, principalmente pais e comunidade. Alguns assuntos precisam ser discutidos francamente entre professores e com os demais agentes, como, por exemplo, a presença das crianças na internet. Não é justo reprimir um professor que coloca seus alunos como co-autores em um blog, alegando que as crianças estão expostas na web... por outro lado, esta é uma responsabilidade gigante!
- não podemos esperar que as escolas tenham todas as condições do mundo para começarmos a pensar em práticas coerentes com o contexto contemporâneo, onde as tecnologias estão imersas. Por outro lado, devemos lutar por boas condições infraestruturais, o que envolve a atuação dos diversos sujeitos envolvidos. Isso começa com o professor que desencaixota o computador; passa pelo gestor, que deve pensar junto com os professores as formas de uso dos espaços da escola, além de abrir espaço para novas demandas; passa também pela comunidade, que também é dona disso tudo; passa muito fortemente pelo setor público, que precisa urgentemente olhar com carinho e responsabilidade para nossas escolas.

Enfim, foram cinco monografias que desvelaram aspectos intrínsecos à formação e prática docente em relação às tecnologias da informação e comunicação, ao mesmo tempo que apontam questionamentos e a necessidade de repensarmos aspectos vigentes. Enfim, são trabalhos que valem a leitura!

Aproveito para dar os parabéns à estas "meninas" guerreiras que, mesmo fazendo parte deste contexto tão problemático descrito (e talvez até por isso...), com todas as inqueitações inerentes ao ser humano, conseguiram superar as dificuldades e apresentar estes resultados muito bons. Aproveito também para agadecer às professoras das bancas (Salete Cordeiro, Joseilda 'Sule' Sampaio e Marildes Caldeira), pelas leituras atentas e pelas gentis considerações em busca da melhoria dos trabalhos.

Em breve pretendo divulgar o link onde cada um poderá acessar o arquivo das monografias, mas por enquanto seguem os títulos das mesas:
- Apropriação das tecnologias da informação e comunicação no fazer docente, por Carla Claudia de Santana Santana
- A escola como espaço de formação continuada de professores: equacionando as demandas formativas em tecnologias da informação e comunicação, por Fátima Falci Ferreira
- O educador e a formação continuada em serviço: formando-se para o uso das tecnologias da informação e comunicação, por Lusiane Carvalho da Silva
- Necessidades formativas dos professores e sua relação ao uso das TIC: um estudo de caso com professores de uma escola municipal de Salvador/BA, por Manuela Santana dos Santos
- Blogs: fomento à produção textual em salas de aula do ensino fundamental, por Patrícia Michele Muniz Vilas Boas

Espero que, mais do que o fim de mais um ciclo da vida, este momento seja o reinício de tantos outros, tão mais promissores!