Oi pessoal,
Uma das disciplinas que fiz na Universidade de Aveiro em Portugal enviou pra mim o seguinte questionário de avaliação http://wsl2.
Achei interessante a proposta pois sei que é possivel fazermos estes questionários on line e gerar um banco de dados com as respostas (é isso mesmo????) não sei em que linguagem foi feito este questionario mas o pessoal da informatica deve saber ai.
O que eu fiquei pensando é que sempre estamos discutindo no grupo sobre metodologia se tecnicas de pesquisa e que embora façamos discussões sobre cibercultura ainda continuamos usando as vezes técnicas diferentes q não são da cibercultura e sim mais "tradicionais". Será que não poderiamos pensar em novas técnicas? Como? Quais?
Olha, vou dar uma resposta comprida, mas acho q vale a pena compartilhar como foi a coleta de dados da minha pesquisa
Vc já tentou usar os questionários do moodle? é mais ou menos por aí: vc coloca as questões (múltipla escolha, alternativas pré-definidas, resposta discursiva, numérica...) e pode manipular o banco de dados gerado, como fazer disso uma prova, um instrumento de auto-avaliação ou mesmo entrevistas. ali vc tb pode trabalhar um pouco este banco de dados, aferindo estatísticas, comparações, somas... outra opção é, depois de aplicado o questionário, exportálo em um formato comum e levar para um desses softwares q ajudam a fazer análise de questionário. se vc conhece o software é até mais fácil de montar o questionário. é interessante.
Porém, gostaria de colocar aqui minha experiência (denovo): eu entrevistei meus professores blogueiros por mensageiro instantaneo. Primeiro eu fiquei fascinada com a possibilidade de conversar com O blogueiro, aquele que é referência em certo aspecto, seja ele de onde ele for, de qual fuso horário ou qualquer empecílho temporal ou geográfico. Depois eu cheguei ao seguinte impasse: eu tinha um volume enorme de informações que não me diziam muita coisa, e aí eu cheguei a algumas causas para isso:
- quem está do outro lado, sendo entrevistado, geralmente está fazendo mil e uma coisas ao mesmo tempo da entrevista, se perde, não responde o que vc precisa com exatidão, pára, volta, cai, se dispersa com as trocentas outras coisas que tem q dar conta ao mesmo tempo
- não é uma conversa linear: como qqer conversa de msn, vc pergunta uma coisa, o outro responde outra, aí vc vem com novas perguntas, várias ao mesmo tempo, ele dá várias respostas, todas ao mesmo tempo, não responde tudo, aí tem q voltar, retomar, às vezes perde o sentido. Vc tem q ter um cuidado muito grande de pré-estabelecer muito claramente o que vc quer com este entrevistado, se não vc se perde e não chega onde quer
- tem muito lixo e nem tudo é letra: lixo eu quero dizer coisas q não são exatamente da sua entrevista, como comentários nada a ver, aviso q a gracinha do hotmail te faz o favor de mandar no meio da entrevista, aquele nikname de 5 linhas do entrevistado que se repete a cada resposta.... além disso, vc tem o problema de identificar o q é lixo ou não: qual comentário tem ou não similiaridade com o q vc quer. Outro problema é que nem tudo é letra, porém vc só salva o arquivo texto. tipo: aquele wink que traduz muito do que o entrevistado quer dizer, não vai ser salvo no rtf gerado.
Depois de muito bater a cabeça, dou algumas dicas para quem embarcar nessa mesma furada de entrevistar por msn:
- igualmente à entrevista "tradicional", investigue as pessoas e escolha as que realmente podem contribuir para a pesquisa. Delimite no que esta pessoa pode contribuir e estabeleça seus objetivos com ela, onde vc quer chegar.
- configure seu mensageiro para salvar os logs automaticamente, afinal, ninguém está livre de uma queda de luz no meio da entrevista
- salve a entrevista em vários lugares, porém de forma organizada. estabeleça um padrão de nomes para os arquivos. Chegou uma hora q eu tinha tudo organizadinho em um computador e ele queimou... eu tinha backup, mas organização não é meu forte: entrevistas repetidas, trechos faltando... isso me roubou um tempo desnecessário
- salve tudo o que o entrevistado lhe mandar (arquivos trocados durante a entrevista) ou q vc mandar p ele (é, isso tb é importante)
- guarde o arquivo bruto: a cada vez q vc ler terá novas interpretações e, se vc tiver editado logo sobre o arquivo original, não terá mais essa oportunidade
- não deixe para fazer a análise para depois: como eu falei, teve uma hora q eu tinha um monte de dados, mas pouca informação relevante. em alguns casos, se eu tivesse feito a análise logo em seguida, eu poderia ter notado alpectos deficitários e procurado novamente o entrevistado para mais uma rodada
- faça uma coluna do lado ou um bloco de notas e vá anotando sua impressão sobre o q o entrevistado fala, o q tinha no link q ele te passou, as coisas q vc pensou e não escreveu
- faça uma pasta com tudo de cada entrevistado, inclusive um arquivo com todos os dados pessoais que te interessam, para não correr o risco de depois vc não saber mais quem é a pessoa q no dia estava com o nick GatoCorreuPulando...
Hj eu tenho clareza que é uma coisa completamente diferente vc fazer uma entrevista onde vc está na frente do entrevistado, gravando tudo, olhando no olho, pegando (toque), anotando no seu bloquinho de papel, observando o seu espaço... Claro que fazer estas entrevistas desse jeito foi o que possibilitou fazer a pesquisa com estes sujeitos: agilizou, possibilitou trocas muito ricas, eu podia voltar a falar com qqer um deles qdo necessário, não interessando se aqui era 6 da tarde e lá 10 da noite.Tudo conspirava p q eu fizesse dessa forma
mais uma coisa: qqer método de coleta de dados vai dar errado se não for muito bem planejado, antes e no decorrer da pesquisa. idem p a análise
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