sábado, junho 26, 2010

conteúdos digitais: acesso ou processos criativos?

Em uma nova incursão sobre conteúdos digitais, encontrei este videozinho, em que Roberto Carneiro destaca o papel fundamental da educação na sociedade contemporânea, principalmente frente aos modelos econômicos emergentes. Neste contexto os conteúdos digitais teriam um papel imprescindível. Porém, para minha decepção (mas não espanto), ele coloca os conteúdos digitais como o mote para o acesso à informação, pois, segundo ele, "não faz sentido caminhar até a escola e ter aula em uma hora específica, isto não cabe na cabeça de ninguém".
Digo que esta afirmação me desaponta, mas não me espanta, levando em consideração o notório quadro referencial de onde o palestrante fala, colocando a escola como "indústria escolar, mas que agora não é mais indústria, é prestadora de serviços", e o aluno como "cliente". Outros conceitos também se fazem bem marcados em sua fala, e, neste contexto, eu até vejo de forma interessante os conteúdos como "facilitadores"(sic) do acesso à informação, afinal, esta é, inegavelmente, uma das partes de um processo. Porém, há um processo muito mais complexo, em que o digital possibilita muitos outros processos criativos , com todo o seu potencial para a edição, autoria e colaboração.