sexta-feira, janeiro 27, 2006

qual o mínimo para ser incluído?

o namorado de uma amiga me perguntou o seguinte:
Qual o mínimo de coisas que você precisa saber usar no computador para considerar incluido digitalmente? Basta email? Tem que saber usar sites de busca? Ler jornais? Usar blog? Orkut? Qual o mínimo para ser considerado incluso digitalmente????
e aí eu fiquei me questionando

aí acho q levanta aquela questão: para que incluir digitalmente?
acho q não tem nenhum nível que possa ser medido, apenas a inclusão plena,social, econômica... o "dital"acaba sendo consequencia: o cidadão deixa de ser um consumidor de informação para ser construtor de conhecimento. Aí chegamos q tem muita gente q tem e-mail, q tem orkut, q acessa a conta do banco, q faz a declaração de imposto de renda, e não produz informação alguma, só consome, como se fosse um produto, um eletrodoméstico
já reparou q nesses mercados grandes os computadores são vendidos junto dos eletrodomésticos?
mas e ele é "doméstico" para quantos?
estive vendo no jornal nacional um levantamento q dizia q o salário mínimo, para garantir o q é de direito pela constituição federal, devería ser de mais de mil reais. E olha q a constituição nem diz q "é direito de todo cidadão brasileiro ter um computador em casa com acesso a internet"
qual a porcentagem da população q sobrevive com salário mínimo?
e ainda sustenta uma família com isso?
mas vale a pergunta: para que incluir digitalmente?


são coisas que isto me levou a pensar, que não tenho resposta, que ainda vamos conversar mais para madurecer...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Computadores na educação?

Agora que a história dos laptops por 100 dólares está a tona novamente, recuperei um artigo de mais tempo, que trata de uma questão que deve ser lembrada: e os professores?
se a discussão é sobre a inserção dos computadores na educação (pelos professores), então vale a pena dar uma olhadinha neste artigo

ressalvas:
* a criança não é tão encantada pelo computador porque alguém disse para ela que ela receberia um aumento no salário...
* o artigo derruba alguns dos mais comuns argumentos de "por que não usar o computador", mas talvez a questão seja exatamente o "usar" a "ferramenta": enquanto ele continuar sendo visto como uma "ferramenta para ser usada para o professor ser 'mais que ótimo'", a informática vai continuar sendo um "adendo" que "alguém" continua querendo "grudar" na educação que está aí, como se fosse um anexo...
* a última ressalva é sobre o q eu falei aí em cima(e q me toquei agora): os computadores não são "inseridos" na educação pelos professores: eles já fazem parte da vida e da educação (escolar ou não) de muitas crianças, só o professor (alguns) parece que não sabe...

No mais, adorei o artigo! Gostaria era saber a opinião sobre estes pontinhos...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

LINKS

Blope: http://osblopes.blogspot.com/
Blog: Educação pra os blogues: http://edublogues.blogspot.com/
Blog: Educação para os media: http://educarparaosmedia.blogspot.com/
Betina von Staa. Sete motivos para um professor criar um blog. http://www.educacional.com.br/articulistas/betina_bd.asp?codtexto=636

BEIGUELMAN, Giselle. Blogs: existo, logo, publico. Acesso em: 29 jul. 2005. http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/1578%2C1.shl

DICKINSON, Guy. Weblogs: can they accelerate expertise? Tese de mestrado em Educação da Ultralab, Anglia Polytechnic University, Reino Unido, 2003. Acesso em: 29 jul. 2005.

GENTILE, Paola. Blog: diário (de aprendizagem) na rede. Nova escola, jun./jul. 2004. Acesso em: 29 jul. 2005.

Balanço: trocando letras (blog): http://trocandoletras.zip.net/

INDICAÇÕES P O BLOPE
http://abiblogteca.blogspot.com/
http://eb1aldeiajoanes.blog.pt, que pretende,de uma forma regular, dar a conhecer os projectos e trabalhos desenvolvidos quer pelos alunos, quer pelos professores.
Para informações mais detalhadas, remetemos para o Post de apresentação do blog
http://professorsemquadro.blogspot.com



BLOGUE FEITO POR PROFESSOR
http://professordefisica.blogs.sapo.pt/
http://professorsemquadro.blogspot.com
http://magisterio6971.blogs.sapo.pt/ que pretende ser um elo de ligação dos professores do 1º ciclo do curso do magistério primário de 1969-71

http://tiaerika.blogs.sapo.pt/


Denise Schittine. Blog: comunicação e escrita íntima na internet. Civilização Brasileira:2004, RJ.

Trocando Letras - balanço

Gládis, no dia 10/12, contou sua tragetória ao blog coletivo Trocando Letras

domingo, janeiro 22, 2006

dos blopes

http://educarparaosmedia.blogspot.com/

http://edublogues.blogspot.com/

vale a pena ver

sábado, janeiro 21, 2006

dica de livros de nosso amigo sidnei... "tencologia e educação"

pinkisses

a amiga toda rosa criou um blog tb:
http://www.diarioacademico.blogspot.com

sexta-feira, janeiro 20, 2006

mais blogs....

portugueses q fazem de seus blogs mais ou menos um projeto pedagógico:
http://netescrita.blogspot.com/
http://blogdos17golfinhos.blogs.sapo.pt/

eu estava formulando um conclusão: os professores portugueses que mantêm blogs se preocupam mais (ou melhor, é mais frequentemente tema de posts) com causas macro-sociais, onde a educção se relaciona intrinsecamente, refletem e dialogam sobre isso. os brasileiros estariam mais preocupados com a atividade da prática pedagógica em si.

mas hoje, conversando com miguel pinto ( q me passou estes dois links aí) vi q o q eu tenho é: fui selecionando os blogs pelos links q um remete a outro e, é claro, um que reflete sobre causas sociais vai indicar outros q falam do mesmo assunto, assim os da prática pedagógica. então eu reforcei dois nichos, mas não que eles sejam representativos do país...

mais um lugar p fazer blogs

http://www.blogmais.com/

quinta-feira, janeiro 19, 2006

fotolog de prof ed física
http://falandodeesportes.nafoto.net/

vc já ouviu falar em BLOPE?

um BLoPE é um BLOgue em Português ou Espanhol na área da Educação
e, se já não fosse fántástico descobrir q existe esta "categoria" de "EduBlog", ainda descobri q existe o

Prémios BLOPEs 2005

Endereços de sites úteis para a construção dos blogs

Perdidos e achados

Peço desculpas pela brincadeirinha do título do post, mas gostaria de juntar aqui, a indicação de dois posts publicados por uma amiga
O primerio diz respeito ao desaparecimento de um brasileiro: um fato estranho que, se não é muncuna de autoridades, demonstra, pelo menos, o descaso que o governo brasileiro (e as autoridades competentes) com os cidadãos brasileiros em outros países...


O segundo me deixou muito feliz: é a cultura wiki se espalhando pelo mundo!

Vale a pena ver os dois posts e, é claro, futucar um pouquinho nos comentários, nas histórias e reflexões desta nossa querida professora...

terça-feira, janeiro 17, 2006

sabias palavras

rodeado de presidenciáveis, ele diz q não está se referindo a nenhum dos discursistas anteriores, mas que:
"Quem sabe faz, quem não sabe ensina, quem não consegue fazer um ou outro, critica"
Luiz Fernando Furlan, Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
na abertura da Couromoda
(lá até tem um link p uma reportagem sobre a abertura, onde foram proferidas as tais sabias palavras... pena q não tiveram a sensibilidade de ver a "grandeza" delas na cobertura...)

eu só queria saber como é q ele acha q deve ser a educação de seus filhos (se é q os tem...), pois, pelas suas palavras, quem sabe não ensina, quem ensina não sabe, e a crítica... para que? ela é privilégio de quem não sabe, não consegue ensinar e, deve ser, não consegue pensar tb... a propósito, esta frase dele não é uma crítica?
qdo ouvi isto, fiquei pensando em o que ele diria sobre meu trabalho... o que ele diria sobre todos os nossos mestres da educação (se é que ouviu falar de algum) que prezam a crítica, a reflexão, a reconstrução, a emancipação, a autonomia...
acho que se dessemos continuidade à frase dele seria
"Quem sabe faz, quem não sabe ensina, quem não consegue fazer um ou outro, critica" e quem pensa é pq não tem o que fazer...


Peço desculpas aos leitores pelo post triste, mas não consegui deixar de registrar meu repúdio...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

o que é um diário?

Segue aí a definição de diário de alguém que mantém um diário eletrônico.
E vc, blogueiro, como definiria "diário"?

“Como definir o diário? Parece fácil... As razões e os conteúdos variam tanto que é quase desesperante dar-lhes uma idéia completa do que ali se pode encontrar. Em primeiro lugar, um diário se escreve ao sabor do tempo, é muito diferente de todas as autobiografias, memórias e outras parentes próximas do gênero. O diário é observado dia a dia, mais ou menos escrupulosamente mas é sempre uma espécie de representação “em direct” ao vivo da vida.

Ter um diário íntimo é também muitas vezes bastante difícil. É uma atividade que exige uma certa disciplina, que ordena a vida. Eu gosto de mostrar os dois lados da medalha, é preciso ser realista! Pessoalmente, o que me anima é uma mentalidade que eu qualificaria de “arquivista” e de colecionadora. Desde criança, nunca pude me resolver a jogar fora seja lá o que for. Guardo tudo! Ter um diário é uma maneira de colecionar os dias... Claro, as ambições do diário são uma causa perdida de antemão.[...] Claro que o diário íntimo tem limites. [...]. Colocar-se no papel quotidianamente é também uma maneira de se colocar a nu e se decifrar o interior, sem ter a pagar uma terapia. Notemos que muitos o utilizam com fins terapêuticos, aliás, para acompanhar uma psicoterapia por exemplo ou uma convalescença. Passa-se a vida a se buscar, a se descobrir. O diário age assim como o testemunha desta busca de si, e mesmo como parceiro, pois estando sós em face de nós mesmos em nosso diário, não podemos muitas vezes agir de outra maneira senão ver e compreender aquilo que somos relendo o que escrevemos. Alguns relêem seus diários e se surpreendem com o que escrevera. Outros não compreendem mais nada. Mantendo o diário de nossos dias, é a si mesmo, é vida que a gente interroga. Sem obter respostas muitas vezes... Um diário é a encenação, uma representação de si. Nós somos o personagem principal de nosso diário. Nós temos às vezes a tendência a escrever as coisas não como elas são mas como deveriam ser. Escreve-se para embelezar ou dramatizar sua vida, para lhe dar um sabor novo. O diário é muitas vezes um dos últimos refúgios do sonho.”

Definição de “diário” por Michele (http://www.colba.net/~micheles) citada por

MUZART, Zahidé Lupinacci. Do navegar e de navegantes. In.: MINOT, Ana Chrystina Venâncio; BASTOS, Maria Helena Câmara; CUNHA, Maria Teresa (orgs). Refúgios do eu: educação, história, escrita autobiográfica. Florianóplis: Mulheres, 2000. (pp181-190) (a citação é das páginas 184-185)

comunidade de profs blogueiros

Olha aí uma comunidade de blogs de professores

quarta-feira, janeiro 11, 2006

o tempo é relativo


ou será q a marcação do tempo é uma ilusão coletiva à qual cada indivíduo aliena suas realizações individuais?

sexta-feira, janeiro 06, 2006

monstros IV

resolvi dar números para a seqüência dos monstros (
I, II, III)

"É possível, por exemplo, que os mercadores medievais tenham, intencionalmente, disseminado mapas que decreviam a existência de serpentes nas margens de suas rotas comerciais para desencorajar outras explorações e estabelecer monopólios" (pg 42-43)
Alguém notou alguma semelhança com o q acontece hoje????

O monstro corporifica sexualmente tudo que não é puro e não aceito pela sociedade, o contato com os monstros geraria então contaminação. Eles são "representações convenientes de outras culturas, generalizados e demonizados para impor uma concepção da mesmice grupal" (pg 46)

Criamos estratégias para nos defender do que é diferente, do outro, ao mesmo tempo em que concedemos à imagem do monstro nossos desejos que extrapolam ao dito culturalmente correto.
Vai aí uma dica de Marli: links de dois artigos que saíram na revista eletrônica SEEDNET do MEC que foi lançada agora.
http://www.seednet.mec.gov.br/sucesso/principal.php?id=9(uma reportagem sobre o trabalho dela)

quarta-feira, janeiro 04, 2006

monstros: jogo de polimorfismos e diferenças

O monstro é híbrido, viola as leis da natureza:
"Uma categoria mista, o monstro reiste a qualquer clasificação construída com base em uma hierarquia ou em uma oposição meramente binária, exigindo, em vez disso, um "sistema" que permita a polifonia, a reação mista (diferença na mesmidade, repulção na atração) e a resistência à integração"
"o monstruoso oferece uma fuga de seu hermético caminho, um convite a explorar novas espirais, novos e interconectados métodos de perceber o mundo" 31

COHEN, Jeffrey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In.: SILVA, Tomaz Tadeu da (org). Pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Autêntica : Belo Horizonte, 2000.

pérolas...

olha que graça as pérolas q se acha de quem te critica...

http://fserv04.flogs.com.br/j/janeladiscreta/fotos/0_22828.jpg

terça-feira, janeiro 03, 2006

que contextualização é possível com avaliação externa?

Estava a conversar com uma amiga e ela plantou a semente de algumas caraminholas...
ela faz uns trabalhos ótimos com informática na educação, faz maravílhas no laboratório. Mas é concursada e, teoricamente, afastada da função, ou, pelo menos, não exatamente na função para a qual fez o concurso. Como a palavra de ordem é cortar gastos, talvez ela saia e tenha q parar seus trabalhos tão bons.
Afinal, o que vale? cada professor em sua caixinha ou trabalhos mais contextualizados?
E, falando nisso, no "pacotão", parece que queriam implantar avaliações externas. Nesse ponto, nos questionamos, como as avaliações externas vão abarcar as diversidades locais (q, a muito esforço, tentam ser abordadas em aulas mais contextualizadas)?
É a história do "conhecimento universal".
Sim, reconheço, na cidade ou no campo, aprendendo por fórmulas usadas na construção civil ou por exemplo de agronegócio, a criança deve saber que um mais um é dois. Sendo assim, fica estabelecido q o q a criança deve aprender é q "um mais um é igual a dois". Mas então, e todo o resto, não tem importância? Será q as políticas públicas valorizam o reducionismo de querer verificar se a criança sabe q "Ivo viu a uva" é com "v"?
Por outro lado, temos uma formação de professores deficitária, professores inseguros e desmotivados para a formação contínua. A coisa fica ainda pior nas séries iniciais: o professor (com uma formação generalista) tem que ensinar o que são retas paralelas, mas ninguém ensiou a ele o que são retas paralelas e qual sua repercussão na vida das pessoas... Então ensinar sobre "corpo humano" acaba sendo competência de algum "especialista" que vem trazer "verdades" e, se são "verdades", não precisam ser questionadas... E qual a função pedagógica de um médico, um engenheiro, um advogado?
Logo, a saída é tirar um pouco o peso do conteúdo e dar mais ênfase ao "contexto", à "realidade do aluno". Assim, temos uma aula antenada, divertida, "tudo a ver com o local", mas esvaziada de conteúdo, afinal, a carga horária passa e não sobra tempo para descarregar tudo o q tem no livro didático, não dá p "vencer" o conteúdo, não dá p "dar" toda a matéria.

Afinal, o que vale? cada professor em sua caixinha ou trabalhos mais contextualizados? a realidade dos alunos ou o conteúdo?
e o que é mesmo que se quer dizer qdo se fala em "proporcionar condições de emancipação"?

Se a questão é dosar um e outro, de onde o professor deve fazer brotar esta capacidade?

inqueitações....

Zeitgeist

"Enterre o cadáver onde a estrada se bifurca, de modo que quando ele se erger do túmulo não saberá que caminho tomar. Crave uma estaca em seu coração: ele ficará pregado ao chão no ponto de bifurcação, ele assombrará aquele lugar que leva a muitos outros lugares, aquele ponto de indecisão. Decapite o cadáver, de forma que, acéfalo, ele não se reconheça como sujeito, mas apenas como puro corpo.
O monstro nasce nessas encruzilhadas metafóricas, como a corporificação de um certo momento cultural - de uma época, de um sentimento e de um lugar"(26)

Não importa quantas vezes matemos o monstro, ele regressará; sua ameaça é a propensão a mudar...

COHEN, Jeffrey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In.: SILVA, Tomaz Tadeu da (org). Pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Autêntica : Belo Horizonte, 2000.