Pois é, na última Veja, temos uma entrevista com James Watson que junto de Francis Crick (e de outros colaboradores, como a incansável Roselyn Franklin, completamente esquecida pela revista) publicou, em 1953, a estrutura do DNA.
Gostei muito de algumas respostas dele (das perguntas já não posso dizer o mesmo...). Destaco:
"Muitos acreditam que somos todos iguais, que, com boa escola e boas condições sociais, todos aprenderão da mesma forma" Fiquei lembrando de tantas vezes que ouvimos que o computador vai fazer com que as pessoas aprendam... Em contrapartida, lembrei de uma palestra de Teófilo Galvão Filho, sobre tecnologias assistivas, onde ele apresentou algumas tecnologias que fazem com que aquelas pessoas (DM por exemplo) possam se comunicar, sendo então determinantes para o aprendizado; ao mesmo passo, a mesma criança, que não está em um ambiente que provê tais condições estaria fadada a vegetar...
"Veja-Não há sempre o perigo de essas tecnologias serem usadas por ideologias racistas? Watson - Tudo pode ser usado para o mal, masisso não é motivo para parar o progresso" Acho que a grande sacada é olhar para as coisas como coisas sempre novas
"Algumas mulheres tivera mais sorte no jogo de dados genético do que outras"
Mas o mais legal de tudo foi ele falando de seu livro (DNA - Companhia das Letras)"Em meu livro DNA, quase não discuto esse tema, pois ainda não há muito que dizer sobre isso em um texto de diulgação científica. Mas, como eu digo no próprio livro,
ele está destinado a se desatualizar" Olha a grande sacada aí: tudo está em constante reconstrução, coisas novas surgindo, coisas velhas sendo ressignificadas, a desatualização seria então parte de um constante reconstruir.