Estava a conversar com uma amiga e ela plantou a semente de algumas caraminholas...
ela faz uns trabalhos ótimos com informática na educação, faz maravílhas no laboratório. Mas é concursada e, teoricamente, afastada da função, ou, pelo menos, não exatamente na função para a qual fez o concurso. Como a palavra de ordem é cortar gastos, talvez ela saia e tenha q parar seus trabalhos tão bons.
Afinal, o que vale? cada professor em sua caixinha ou trabalhos mais contextualizados?
E, falando nisso, no "pacotão", parece que queriam implantar avaliações externas. Nesse ponto, nos questionamos, como as avaliações externas vão abarcar as diversidades locais (q, a muito esforço, tentam ser abordadas em aulas mais contextualizadas)?
É a história do "conhecimento universal".
Sim, reconheço, na cidade ou no campo, aprendendo por fórmulas usadas na construção civil ou por exemplo de agronegócio, a criança deve saber que um mais um é dois. Sendo assim, fica estabelecido q o q a criança deve aprender é q "um mais um é igual a dois". Mas então, e todo o resto, não tem importância? Será q as políticas públicas valorizam o reducionismo de querer verificar se a criança sabe q "Ivo viu a uva" é com "v"?
Por outro lado, temos uma formação de professores deficitária, professores inseguros e desmotivados para a formação contínua. A coisa fica ainda pior nas séries iniciais: o professor (com uma formação generalista) tem que ensinar o que são retas paralelas, mas ninguém ensiou a ele o que são retas paralelas e qual sua repercussão na vida das pessoas... Então ensinar sobre "corpo humano" acaba sendo competência de algum "especialista" que vem trazer "verdades" e, se são "verdades", não precisam ser questionadas... E qual a função pedagógica de um médico, um engenheiro, um advogado?
Logo, a saída é tirar um pouco o peso do conteúdo e dar mais ênfase ao "contexto", à "realidade do aluno". Assim, temos uma aula antenada, divertida, "tudo a ver com o local", mas esvaziada de conteúdo, afinal, a carga horária passa e não sobra tempo para descarregar tudo o q tem no livro didático, não dá p "vencer" o conteúdo, não dá p "dar" toda a matéria.
Afinal, o que vale? cada professor em sua caixinha ou trabalhos mais contextualizados? a realidade dos alunos ou o conteúdo?
e o que é mesmo que se quer dizer qdo se fala em "proporcionar condições de emancipação"?
Se a questão é dosar um e outro, de onde o professor deve fazer brotar esta capacidade?
inqueitações....