Ainda agustiada de terça: na aula de Ciberfilosofia, levei a questão de que os conteúdos (e consequentemente as reflexões em) veiculados nos blogs, em parte, são condicionados pela técnica. Ou seja, vc não vai fazer nada que o servidor não lhe permita.
Temos exemplos disso naqueles blogs em q o servidor só permite que comentem os sócios do blog(se não me engano é o sapo q é assim), ou aqueles que permitem só uma postagem por dia (como o do ig). Pensando assim a técnica é condicionnte do conteúdo.
Por outro lado, é apenas um dos condicionantes. Entre os outros, podemos citar a formação de professores historicamente constituída, os interesses dos indivíduos que ali postam, a cultura vigente...
Então, André Lemos (o professor) me questionou o seguinte: se estas incapacidades causam algum "constrangimento", pq o usuário não abre outro blog?
Fiquei meio sem argumento e ele continuou:
Imagine a escola como um artefato. Em que tudo na escola é artefato. Alguns artefatos já estão naturalizados na cultura/cotidiano das pessoas (quadro, pincel, cadeira...) não causando mais "constrangimento". Outros artefatos/fenômenos, novos, ainda não são apropriados pelas pessoas, "constrangendo" o meio. Sendo assim, as limitações técnicas dos blogs são condizentes com todos os artefatos em processo de apropriação.
Outra coisa que me levou a pensar foi: mesmo com certas limitações, o usuário não muda de servidor (só em casos estremos), pois as limitações mais básicas são dribladas. Um exemplo disso é o próprio blogger, que, até bem pouco tempo atrás só permitia inserir imagens q já estavam em outros sites, mas acabava que a maioria conseguia colocar tudo o q queria, de um jeito ou de outro.
Coisas p pensar mais:
o formato constrange o meio
a comunicação deixa de ser palestra p ser conversa
suporte técnico e gênero - diário de papel e blog
macrodeterminismo e microapropriação (Leo)
Referências para falar disso: Castoriadis, Spengler, Stiegler, Simondon