Vendo tudo isto, a Su comentou o seguinte:
Já andei pensando sobre algumas destas questões e, um certo dia, escrevi isso:
A conhecida afirmação de McLuhan: "o meio é a mensagem" tem sido interpretada por alguns como uma subordinação do conteúdo à forma e, por outros, como uma mútua determinação entre forma e conteúdo. Estas interpretações tem em comum o tratamento dicotômico entre forma/conteúdo, meio/mensagem, significado/significante,... Um pensamento tipo causa->efeito que emerge mesmo nos discursos mais complexos. Marx mostra a atualidade de seu pensamento no tratamento de forma/conteúdo como opostos dialéticos. Em termos marxianos, forma e conteúdo coexistem nas suas relações. Um mascaramento da realidade pode tornar opacas estas relações, invertendo, sob esta ótica dual, o significado pelo significante, "o dinheiro se torna o objeto do próprio desejo". Meio e mensagem se implicam dialeticamente. O formato de um blog condiciona de certa forma a qualidade e quantidade num post, influindo, assim, no seu conteúdo. O tipo de conteúdo influi na escolha do template de um blog, também. Este movimento vai gerando novas sínteses, num processo que podemos acompanhar pelos arquivos. A técnica é obra humana, construída quando homens e mulheres constroem a própria vida e que, dialéticamente interfere nesta construção. É impossível separar o homem e suas técnicas entre si e da totalidade onde se inserem. Porém, gostaria de te perguntar o que queres dizer com "os blogs não foram criados para isto". Blog formato de publicação? Blog software? abraço, Suzana 2:29 PM
Adriane disse... Olá su gostei de seu comentário, será muito proveitoso! Vc pergunta sobre "os blogs não foram criados para isto"... Encontramos aí uma ressignificação: de uma febre de fazer um diário secreto às avessas, os blogs passaram (não sei se dá p fazer esta relação de tempo)a veicular muita informação, usada muito em jornalismo por exemplo. A resignificação a que me refiro está no momento em que professores, formados em arcabouços de saber, resolvem aceitar seus não-saberes, suas dúvidas angústias, torná-las públicas, refletir para tentar construir coletivamente novas alternativas para a educação. Nisto encontramos professores falando sobre problemas (ou simplesmente fatos) cotidianos e utilizando isto como instrumento de formação contínua. Daí que eu falo que os blogs não foram criados para isso... Abraços Adriane 11:52 AM
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