domingo, novembro 12, 2006

Apresentação da defesa

Para quem vai ouvir a defesa pela Rádio Faced, seguem os slides...


quinta-feira, novembro 09, 2006

ACONTECE NA FACED/UFBA

vai ser transmitido pela Rádio Faced!!!!


CICLO DE DEBATES SOBRE TV DIGITAL


Acontece segunda (13.11.2006), na FACED/UFBA, uma série de atividades buscando intensificar o debate sobre a implantação da TV Digital no Brasil.

Estará em Salvador, a convite da FACED, Alex Primo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Ricardo Benetton Martins, do CPqD, responsável pelo projeto brasileiro de Televisão Digital.

Organizado pelo grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC), estes eventos buscam contribuir com a reflexão sobre as potencialidades das tecnologias digitais para a educação. Para Maria Helena Bonilla, “a implantação de um sistema de Tv Digital no Brasil pode ser a maior oportunidade que o país terá no sentido de promover a inclusão digital de grande parte da população brasileira”. No campo da educação, “esse é o grande desafio para professores e estudantes” afirma Bonilla. Estão em andamento ainda, no Programa de Pós graduação em Educação da UFBA, seis pesquisas de mestrado e seis de doutorado sobre as temáticas da inclusão digital, tv digital e educação a distância, que estabelecem fortes vínculos com a educação e, principalmente, as políticas públicas.

Programação

Segunda-feira – 14 horas – auditório II/FACED

Apresentação da dissertação de mestrado de Adriane Halmann sobre Reflexão entre professores em blogs, com a banca composta pelos professores Maria Helena Bonilla (orientadora) , Alex Primo (UFRGS), Edvaldo Couto (UFBA) e Nelson Pretto (UFBA).


Segunda-feira – 19 horas – auditório II

Palestra TV Digital, Interatividade e Produção colaborativa na Educação

Alex Fernando Teixeira Primo é graduado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda (1991) e habilitação em Jornalismo (1995) pela Universidade Católica de Pelotas . É mestre em Journalism pela Ball State University (1993), doutor em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Secretário-geral do Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Tem experiência na área de Comunicação e atua principalmente nos seguintes temas: Informática na Educação, Informática educativa, interação homem-máquina, interatividade, interface e hipertexto.

Ricardo Benetton Martins é Bacharel e Mestre em Física pela Unicamp e Doutor em Ciências dos Materiais pela Universidade de Paris. Integra o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) desde 1991. Atualmente é Diretor de TV Digital, onde atuou como apoio ao Grupo Gestor na coordenação dos trabalhos de pesquisa do projeto do Sistema Brasileiro de TV digital (SBTVD), em especial, para a elaboração do modelo de referência para a implantação da TV digital no Brasil. Suas áreas de interesse envolvem inclusão digital, TV digital, modelos de apoio à decisão e abordagens alternativas para análise de viabilidade de novas tecnologias e serviços voltados à inclusão digital.


segunda-feira, novembro 06, 2006

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO



REFLEXÃO ENTRE PROFESSORES EM BLOGS :
ASPECTOS E POSSIBILIDADES



ADRIANE LIZBEHD HALMANN


Salvador, BA
2006

Resumo

Esta dissertação investiga a reflexão partilhada sobre a prática docente nos diários, em alguns ambientes web, com ênfase nos blogs, buscando identificar suas formas de ocorrência, implicações com a rede web e repercussões nas práticas. Para tanto, optou-se por uma investigação qualitativa, usando como instrumentos de coleta de dados: observação participante nos blogs, onde a autora deste trabalho torna-se também autora de blog e insere-se ativamente nas comunidades de professores-blogueiros; entrevistas por meio eletrônico; e análise documental, visando capturar as singularidades do objeto focado. Este percurso foi traçado com a participação de professores que mantêm blogs sobre sua prática docente, encontrando-se em diversas regiões do Brasil e fora dele. Abordou-se os diários como instrumento que, no exercício da escrita e do registro, subsidia a reflexão docente, atuando como guia para investigação dos problemas e concepções dos docentes comprometidos e dispostos a transformar a prática, onde destaca-se o acesso ao mundo pessoal do professor e as possibilidades de um desenvolvimento profissional constante. Os blogs não se constituem apenas como um simples aparato técnico, mas sim como um fenômeno social, o que demandou uma análise mais aprofundada sobre suas características e potencialidades, sempre sob a ótica do contexto educativo. A inserção dos professores no ciberespaço direcionou o olhar para as singularidades das construções identitárias neste contexto, confrontando com este processo, social e historicamente constituído na escola, no currículo, na sociedade. Notou-se que estes sujeitos articulam-se em grupos que procuram colaborar para buscar soluções conjuntas à problemas comuns, formando redes rumo à aprendizagem cooperativa e à inteligência coletiva. Todos os elementos indicados apontam que existe um movimento de inquietação entre alguns professores, o que os leva a procurar no ciberespaço um ambiente fecundo para refletir com seus pares e buscar outras alternativas para construir novas educações.

DEFESA!!!!!!!

Dia 13/11 - 14:00
Faculdade de Educação - UFBA (Vale do Canela)

Transmissão ao vivo pela RádioFaced

domingo, outubro 22, 2006

o dia q a barra parou

uma hora(06:00-07:00) de chuva e...

aqui dá p ver o nível da água (eles passavam por ali pq ali o nível era menor)

lá pelas 10:00 vários já se arriscavam a passar


esse aí tentou passar e não viu as "cabeças" amarelas embaixo da água e encalhou...

terça-feira, outubro 17, 2006

Seminário da rosa: Curta sobre os capitulos XIV e XV do livro de Pierre Lévy

domingo, outubro 08, 2006

Reflexão docente em blogs: aspectos e possibilidades

A reflexão entre professores em ambientes web, mais especificamente em blogs, foi o tema que balizou esta investigação qualitativa, que visa analisar o uso de diários eletrônicos como meio para promover a reflexão partilhada sobre a prática, buscando identificar as formas de ocorrência, as implicações com a rede web e as repercussões na prática docente. Foram utilizados, como instrumentos de coleta de dados: observação participante nos blogs, onde a autora deste trabalho torna-se também autora de blog e insere-se ativamente nas comunidades de professores-blogueiros; entrevistas por meio eletrônico; e análise documental, visando capturar as singularidades do objeto focado. Este percurso foi traçado com a participação de professores que mantêm blogs sobre sua prática docente, encontrando-se em diversas regiões do Brasil e fora dele. Abordou-se os diários como instrumento que, no exercício da escrita e do registro, subsidia a reflexão docente, atuando como guia para investigação dos problemas e conceções dos docentes comprometidos e dispostos a transformar a prática, onde destaca-se o acesso ao mundo pessoal do professor e as possibilidades de um desenvolvimento profissional constante. Os blogs constituem-se mais do que como um aparato técnico, mas como um fenômeno social, o que demandou uma análise mais aprofundada sobre as características e potencialidades deste espaço, sempre sob a ótica do contexto educativo. Esta inserção dos professores no ciberespaço direcionou o olhar para as singularidades das construções identitárias neste contexto, confrontando com as construções identitárias de professores, socialmente constituídas, na escola, no currículo, na sociedade. Estes sujeitos articulam-se em grupos que procuram colaborar para buscar soluções conjuntas à problemas comuns, formando redes rumo à aprendizagem cooperativa e à inteligência coletiva. Todos estes elementos terminam por indicar que existe um movimento de inquietação entre alguns professores, o que os leva a procurar no ciberespaço um ambiente fecundo para refletir com seus pares e buscar outras alternativas para construir novas educações.

terça-feira, setembro 19, 2006

livro sobre blogs

livro sobre blogs


Neste apontador, um livrinho de 49 páginas sob uma Creative Commons dando
dicas e discutindo sobre blogs:

"(...)Neste volume, leia sobre o funcionamento dos blogs, veja dicas de
publicação e manutenção e entenda melhor as regras de direito autoral na
internet.

Nos outros posts do Overmundo, todos com o título "Conquiste a Rede", baixe
os demais livros da coleção; sobre Podcast, Flog & Vlog e sobre Jornalismo
Cidadão."

A notícia completa você pode ver no excelente Overmundo:
http://www.overmundo.com.br/banco/conquiste-a-rede-blog

domingo, setembro 17, 2006

os blogs como passos para uma educação que queremos

Marli fez um fórum no seu blog (http://blogosferamarli.blogspot.com/) e perguntou:
Vamos falar de blogs educativos? Você possui um? Qual o endereço, qual a proposta pedagógica? Quais as vantagens que você vê em utilizar essa ferramenta?

Minha resposta, q tb tá lá, foi:


a possibilidade de autoria é notória e altera um pouco nossa relação com o saber: ao invés de o navegador ser só consumidor de informação, ele passa a ter um espaço para registrar sua opinião, refletir, criar novas teorias, discutir...
a escrita tb é uma forma de registro, fazendo dos blogs um instrumento de memória
discutir? sim, pois os blogs não se fazem isoladamente: eles se articulam com tantos outros blogs, operados por pessoas que tb escrevem, opinam, refletem... formando assim uma rede, formada por muitos nós, que dão articulação para várias "esferas" dentro da web e fora dela.
estas opiniões ali postadas refletem um tema, mas vemos que este tema tb não se dá isoladamente: isto demonstra claramente que o conhecimento só é formado de forma articulada com outras formas de saber...
mais especificamente articulado com a prática pedagógica, este pode ser um meio estruturante de uma outra prática: pode ser um instrumento para a formação contínua do professor (se ele usar este espaço para refletir sobre suas práticas, buscar novas leituras, exercitar seus pontos de vista e discutir com outros pares...); pode ser um meio para incentivar a escrita nos alunos, tentar relacionar os saberes escolares com os saberes prévios e acompanhar o processo de apreensão de conhecimentos, avaliar constantemente a aprendizagem e a prática; além de ser um importante instrumento para a colaboração, a escrita colaborativa e a busca conjunta da solução de problemas

mas repare: estas são todas POSSIBILIDADES que vem sendo demonstradas por uma ferramenta em uma complexa articulação social. Acredito que o sucesso de algumas iniciativas se dá pelo processo criativo e inovador, de professores e alunos, no desafio da constituição de um pensamento crítico.

Claro que o professor pode utilizar o blog para impor atividades descontextualizadas, utilizá-lo como forma de avaliação punitiva e tudo mais que execramos de uma educação opressora e transmissiva.
Pode, por outro lado, ser um instrumento de libertação, onde professores e alunos tem voz em uma rede com repercussão mundial, formando pessoas capazes de utilizar o que aprendem na escola para atuar criticamente no mundo e se posicionar frente aos fenômenos e atitudes do outro.

são passos de uma educação que queremos...

Adriane Halmann
http://reflexaodeprofessores.blogspot.com serve mais ou menos como um diário de bordo da minha pesquisa do mestrado, onde estudo as potencialidades dos blogs p a reflexão docente
http://edc200.blogspot.com que agora está funcionando só p dar recados para uma turma q dou aula sobre projetos de ensino(como não consegui horário no laboratório de informática para esta turma, não deu p fazer tudo o q eu queria...)
http://edc270.blogspot.com neste eu e uma turma de vinte e alguns alunos estudamos sobre Ensino de Ciências (nome da matéria), o link do blog de todos os alunos está lá. Estamos conseguindo fazer realmente uma rede de saberes... Vale a pena!

terça-feira, setembro 05, 2006

IV Enelud

A quem se interessa por ludicidade


O Grupo de Estudos em Educação e Ludicidade - GEPEL (FACED/UFBA), realizará de 21 a 23 de setembro o IV Encontro de Educação e Lucididade - ENELUD

www.faced.ufba.br/eventos/2006/enelude4_1.pdf

quarta-feira, agosto 23, 2006

Reflexão entre professores de ciências, em blogs, vira artigo do Encontro Nacional de Docência do Ensino Superior

Endosup

Diários eletrônicos como fomento da reflexão na formação de professores de Ciências

Adriane Lizbehd Halmann[1]

Resumo

Este artigo traz o relato de uma vivência com a inserção de diários eletrônicos como fomento da reflexão na formação de professores de Ciências. Esta atividade foi realizada na disciplina Ensino de Ciências Naturais, ministrada aos alunos do curso de Ciências Naturais, da Universidade Federal da Bahia, no primeiro semestre de 2006.

Os diários da prática pedagógica são indicados por alguns autores como instrumento de registro e análise da prática, ou ainda como instrumento de pesquisa, apontando sempre sua potencialidade como instrumento à reflexão docente. Atendendo a várias demandas contemporâneas e ligando isto às potencialidades da web, foi proposto nesta disciplina que os diários da prática pedagógica fossem feitos de forma eletrônica, em blogs. Os resultados obtidos demonstram que os blogs podem ser uma forma de diário da prática pedagógica, possibilitando além da reflexão individual, a reflexão conjunta, a formação de comunidades, a extrapolação do espaço-tempo da escola, a inserção de outras formas de conhecimento na prática escolar e nos indica outras formas de pensar a/na educação.

Palavras-chave: Reflexão Docente, Formação de professores, Blogs


[1] Mestranda Educação – UFBA. Professora substituta DepII/Faced/UFBA. adriane_halmann@yahoo.com.br

segunda-feira, julho 17, 2006

qual o papel da cópia na colaboração?

Tanto prego a colaboração e a cooperação, mas tem horas q dá vontade de dar um passo atrás.
Minha orientadora diz que somos formados na escola como templo da cópia (quem não fez aquele exercício na primeira série chamado "cópia"), onde eram repassadas verdades absolutas, verdadeiras e eternas, e ao aluno só restava copiar, decorar e reproduzir na prova. A criação não tinha espaço, assim como a discussão, os questionamentos acerca dos saberes, os relacionamentos entre temáticas...
Um clássico é Levy, que nos fala da nova relação com o saber. A produção da ciência já não segue paradigmas tão absolutos, não se coloca mais como verdade inquestionável. O conhecimento vai se expandindo e, graças ao poder de acumular informações, não precisamos partir do zero para chegar a alguma conclusão, assim como também parece meio incoerente tentar reproduzir um saber "enciclopédico". E eu realmente acho interessante termos tantas informações a nossa disposição (atuais, com diferentes pontos de vista...) para produzirmos a partir delas.
Da publicidade e das artes vem duas frases: "nada se cria, tudo se copia" e "o gênio não é quem não copia, é quem ninguém pode copiar"

Mas aí fico lembrando do meu projeto de dissertação, que deixei on-line para que todos vissem e acompanhassem o processo de produção. Quando vejo, no ano seguinte um energúmeno tenta entrar no programa com o meu projeto!

E então nesta semana me acontece algo parecido: propus um tema para um congresso. O tema foi aceito. Graças à esta maravilhosa internet discada q estou usufruindo, não consegui disponibilizar o material, mas "guardei" neste blog(agora acabei de deletá-lo). Quando vou colocá-lo na página do evento, para minha surpreza, outra pessoa o havia feito por mim! Então, para a comição organizadora, a outra pessoa era a autora.

Argumentei à exaustão, o que não adiantou de nada. ou, se adiantou, foi só para ouvir a cínica frase da pessoa que se apossou do tema: "mas e o tema não era colaboração? então podemos colaborar juntas" !!!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ética? Princípios? Falta de educação? não sei o que foi... mas fico pensando que nós educadores ajudamos a formar estas pessoas, com estes princípios, com estes conceitos de ética. Será que nós conseguimos compreender e realizar a colaboração e a cooperação?

domingo, maio 21, 2006

comentários nem sempre digestos...

Parece que surgiu a dúvida de onde eu havia tirado os textos que publico aqui, quais as minhas fontes, então, vai um esclarecimento:
SEMPRE QUE COPIO UM TEXTO/IMAGEM DE ALGUM LUGAR, CITO A FONTE (qdo posso linko). QDO NÃO HÁ REFERÊNCIA DE ORIGEM, O TEXTO É MEU, COMO NO POST ABAIXO!

A maioria do que publico aqui são textos meus, muitos fruto de reflexões acerca de meu tema de mestrado. Digo, são de autoria minha e, por acreditar na valia da divulgação deles de por valorizar o diálogo aqui gerado, disponibilizo-os, para que sejam lidos, divulgados, copiados, reapropriados...
Para quem quiser saber mais sobre estas questões autorais, seria interessante ler um pouco sobre copyleft e creative commons.

Agradeço profundamente a todos que me fazem continuar acreditando o quanto é bom trocar idéias neste blog!

segunda-feira, maio 08, 2006

O que é um blog?

Weblog, blog, bitácora

Blog é uma abreviação das palavras inglesas web (rede) e log (diário de bordo onde os navegadores registavam os eventos das viagens). Ou seja, espaços na web onde os usuários podem fazer seus diários. Claro que existem muitas variações a isto...
É um tipo de página de internet, hospedadas em servidores ou hospedeiros gratuitos ou não. Caracterizam-se por entradas ordenadas cronologicamente, onde aparece primeiro o mais recente, os mais antigos vão caindo na seqüência para o final da página até que saem da página principal e são guardados em um arquivo ordenado por mês/ano.
A maioria dos softwares que confeccionam os blogs separam a apresentação e o conteúdo, oferecendo templates (...) prontos que, na maioria das vezes, podem ser alterados substancialmente.
Esta separação, onde o template pode vir junto, possibilita que um usuário sem conhecimentos de Html(... não é linguagem de programação) ou outras linguagens de programação, confeccionem um blog e o utilizem muito facilmente. Isto acaba sendo bem mais simples e rápido do que criar e manter uma página em outro formato.
Outra característica é o dinamismo.
Como teoricamente qualquer indivíduo com conceitos mínimos de internet e vontade de escrita, consegue criar seu blog, é crescente o número de autores, que podem postar rapidamente, acelerando o fluxo de informações.
Como conseqüência, temos a descentralização da produção de informações, onde o usuário “comum” deixa de apenas consumir informações que venham prontas e passa a produzir e complementar conteúdos.
Isto tudo pode acontecer de uma forma bastante dinâmica, refletindo em diversas áreas do conhecimento, como o jornalismo, a educação, a produção e disseminação da ciência.
Os conteúdos, por sua vez, são produzidos por diversos sítios, complementando-se, acrescentando, alterando, confrontando informações. Uma das características mais interessantes dos blogs é a capacidade de interatividade: geralmente cada post (...) pode ser comentado e indicado a outras pessoas. Isto potencializa a torça de informações, o diálogo, o confronto de idéias, a reconstrução.
Além disso, existem vários serviços de indexação (feed rss) e busca de blogs (blog search, weblogs.com, technorati.com, bitacoras.com/net ...) que possibilitam linkar blogs e outros sítios da internet, acelerando ainda mais os fluxos em caminhos já traçados, bem como traçar um itinerário entre blogs que são de interesse, agregando pessoas em comunidades.
COMUNIDADES!!!
Evolução
Semelhantemente aos blogs, existem os fotologs, videologs...
Plasticidade
A cada dia são criadas novas ferramentas
Como existe a liberdade de o usuário alterar o template, ele pode agregar scripts(...) de outras ferramentas (...)
Existem diferentes estilos de blogs.
Informativos
Empresas/currículos
Jornalismo – blogs atualizados por celular (interface remota)
 New York Times
 TIME Magazine
 El Mundo (de pago)
 La Vanguardia
 BBC News
 Blah
Comunitários/grupais
Literatura
Política
Diários Pessoais


Fenômeno Social

A proliferação de servidores/hospedeiro gratuitos, a facilidade e rapidez de criar e manter um blog, mesmo sem conhecimentos técnicos, fez com que o número de blogs crescesse vertiginosamente, difundindo-se por todas as áreas do conhecimento.
Isto, agregado com as outras possibilidades dos blogs, tornou este um fenômeno social. A blogosfera, assim como é chamado o conjunto de blogs, vai agregando diversas esferas, que se “enroscam”, se ligam com toda a força e efemeridade da internet, construindo assim uma rede nada esférica, que agrega toda forma de expressão, todo objetivo, toda forma de ver o mundo.
Claro que estas formas de expressão, como em todo espaço social, passa pelo reconhecimento, agrado, repúdio, ou mesmo indiferença, dos outros elementos deste espaço, sendo que os elementos não são “pertencentes” ao espaço, mas com um pertencimento maior ou menor, neste espaço de tempo.
Vemos que, muitas vezes, há um certo sincretismo/sincronia entre os elementos que estão nesta comunidade: um post pode ter repercussões rápidas por boa parte da blogosfera, moldando outros posts, como um efeito borboleta (...)
Isto, muitas vezes, causa um grande impacto social. Podemos citar como exemplo disso a situação política de Portugal em 2004/2005, a divulgação de imagens terroristas no Iraque...
Este fenômeno anda junto de muitos outros, como o desenvolvimento e popularização de muitas tecnologias de comunicação e digitalização.
Ao mesmo tempo que os blogs criam uma “necessidade” de postar informações documentadas, ilustradas, com pontos de vista dos acontecimento, ao mesmo tempo temos o grande boom dos telefones celulares com máquina fotográfica digital, o desenvolvimento e barateamento das máquinas digitais, a miniaturização das mesmas. Na mesma época que são desenvolvidas técnicas de posts por voz nos blogs, temos uma grande adesão aos protocolos de voz por internet (ivoip) e o boom na venda de tocadores/gravadores de mp3 portátil.

Tanto os enlaces/relacionamentos como a agregação de ferramentas/tecnologias, vai do interesse e necessidades do autor do blog, o que muitas vezes é motivado pelo desenvolvimento social, que por vezes se relaciona com a internet, mas que também passa por vários movimentos fora dela (... explorado melhor no cap x comunidades).
Pode-se dizer que os blogs contribuem de alguma forma para um novo tipo de conversação global...

_____

- a importância, para a prática docente, da escrita, da reflexão, do registro
- da navegação solitária para territórios povoados e colaborativos: blogs para uma outra educação: interatividade, saberes rizomáticos, projetos colaborativos
- exemplos
- dicas
- registro no blog
. síntese e reflexão
. o que poderia ser feito

domingo, maio 07, 2006

Este foi o selinho q Claudio fez p a comunidade de blogs...

quinta-feira, maio 04, 2006

interatividade e hipertextualidade

olha que interessante este site que as alunas da disciplina edc708 fizeram!

terça-feira, maio 02, 2006

blogosfera e comunidades virtuais

A dinâmica desenvolvida nos blogs apresenta alguns aspectos que merecem destaque. A afirmação do “eu”, a plasticidade dos ambientes, as articulações entre o público e o privado, a possibilidade de se posicionar livremente a respeito de qualquer assunto, entre outros. Porém, o que mais chama a atenção é a possibilidade de trocar opiniões sobre os mais variados assuntos. Estas trocas simbólicas acontecem nos mais variados níveis, sendo potencializadas no momento em que o blogueiro permite comentários e cria links para outros blogs. Isto faz com que um grupo de blogs se agrupe em uma espécie de esfera. Porém, como cada blogueiro se reconhece com diferentes esferas, estas ligam-se e relacionam-se como uma rede, uma trama complexa, fluida, autogerida, mutante.

Os blogs também reservam para si a singularidade, sendo que cada blogueiro tem a possibilidade de desenvolver ou não uma série de atributos. Assim, nem todos os blogs abrem espaço para tais trocas simbólicas, porém, muitos deles compõe verdadeiras comunidades virtuais.

Mas, muitos deles são comunidades virtuais, uma vez que ao permitirem comentários e ao criarem links para outros blogs dão origem a uma comunidade que troca opiniões e faz comentários sobre ideias contidas noutros blogs. (RODRIGUES, on-line, pg3)

Alguns blogs reúnem-se à volta de determinados temas, posicionando-se, discutindo e acrescentando idéias e opiniões. Porém, a comunidade virtual é um elemento do ciberespaço que só existe enquanto as pessoas realizam trocas e estabelecem laços sociais (Recurero, 2003). Assim encontramos mais um condicionante da caracterização dos blogs como comunidades virtuais: a atualização constante. A manutenção de cada blog é fundamental, é isto que mantém este fenômeno vivo...

As comunidades virtuais constituem assim um conceito importante e ao mesmo tempo complexo, que pede nossa atenção para que seja clarificado no intuito de descortinarmos em quais sentidos podem ser aplicados aos blogs e quais as peculiaridades disto. Sendo assim, se faz importante olharmos com mais profundidade para algumas questões conceituais sobre comunidades virtuais e outros conceitos intrinsecamente ligados a este, tais como redes, interatividade, sentimento de pertença, cooperação e colaboração, aprendizagem cooperativa, e outros nós que compõe esta rede.

sábado, abril 22, 2006

Em todo lugar existem coisas que não podemos ver

"Fui uma criança que desde que descobriu a leitura e os livros, lia tudo que enconrava pela frente: de rótulos de enlatados até enciclopédias e dicionários. Aprendi muitas coisas nos livros, algumas que só vim a compreender mais tarde, mas que povoaram o meu imaginário durante anos. A vida microscópica, foi um destes assombros. Depois que descobri que em todo lugar, inclusive na minha pele, havia milhões de coisas que meus olhos não podeiam ver, mas que, sob o microscópio se moviam, cresciam, multiplicavam-se, passei a olhar o mundo de forma diferente. Imaginava que todo o ser na terra se movia aniquilando pequenas criaturas a cada passo e que, assim como não víamos a coisas muito pequenas, talvez não víssemos as muito grandes, também. Pensava que, possivelmente, os terremotos pudessem ser explicados pelas passadas de algum gigante decuidado. Outra fantasia poderosa era a de que a Terra toda pudesse ser uma partícula em órbita num átomo qualquer de alguém imensamente grande. Mundos dentro de mundos que nossos sentidos humanos não poderiam captar." (pp41-42)

Este fragmento da dissertação de Suzana nos mostra que existem muitas coisas que não vemos, todas as coisas que vemos são um fragmento de partes maiores (que nem sempre temos noção de o que mais faz parte deste todo) e que contem muitas partes menores (que quase sempre ignoramos). Mais adiante ela fala que um ponto de vista é apenas a vista de um ponto.
Incrível isso! des da hora que notamos que não funcionaria uma pessoa guardar em sua memória todo o conhecimento de um grupo, que se fez necessária a escrita, que vários escritos foram se acumulando e que, mais tarde, isto foi viando um imenso hipertexto (potencializado pelas tics, mas não somente por elas), nesta hora nos damos conta de o que sabemos são apenas algumas faces das múltipas faces do conhecimento, que se organiza em uma teia cada vez mais diâmica de relações, um verdadeiro simulacro.
Neste ponto, em que as tecnologias novas surgem como um fluxo de tecnologias já existentes, onde a codificação digital facilita e acelera a produção e memória de conhecimento, vemos que elas também auxiliam para interconectar saberes, mídias e pessoas. Chamo a atenção para este último: se nos sabemos incompletos, inconclusos, se faz necessário que busquemos complementações em outros espaços, buscando novos saberes, relacionando-nos com outras pessoas. Dispostos a complementar e a mudar os saberes, a discutir, mostrar, refazer.

Me parece que é mais ou menos isso que acontece quando um professor cria um blog...


GUTIERREZ, Suzana. Mapeando caminhos de autoria e autonomia: a inserção das tecnologias educacionais informatizadas no trabalho de educadores que coperam em comunidades de pesquisadores. Dissertação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, 2004.

Redes – o Padrão da Vida


Depois de apreciar a importância do padrão para a compreensão da vida, podemos agora indagar: “Há um padrão comum de organização que pode ser identificado em todos os organismos vivos?” Veremos que este é realmente o caso. Esse padrão de organização, comum a todos os sistemas vivos, será discutido detalhadamente mais adiante. Sua propriedade mais importante é a de que é um padrão de rede. Onde quer que encontremos sistemas vivos – organismos, partes de organismos ou comunidades de organismos – podemos observar que seus componentes estão arranjados à maneira de rede. Sempre que olhamos para a vida, olhamos para redes. Esse reconhecimento ingressou na ciência na década de 20, quando os ecologistas começaram a estudar teias alimentares. Logo depois diso, reconhecendo a rede como o padrão geral da vida, os pensadores sistêmicos estenderam modelos de redes a todos os níveis sistêmicos. Os ciberneticistas, em particular, tentaram compreender o cérebro como uma rede neural e desenvolveram técnicas matemáticas especiais para analisar seus padrões. A estrutura do cérebro humano é imensamente complexa. Contém cerca de 10 bilhões de junções (sinapses). Todo cérebro pode ser dividido em subseções, ou sub-redes, que se comunicam umas com as outras à maneira de rede. Tudo isso resulta em intrincados padrões de teias entrelaçadas, teias aninhadas dentro de teias maiores.

A primeira e mais óbvia propriedade de qualquer rede é sua não-linearidade – ela se estende em todas a direções. Desse modo, as relações num padrão de rede são relações não-lineares. Em particular, uma influência, ou mensagem, pode viajar ao longo de um caminho cíclico, que poderá se tornar um laço de realimentação. O conceito de realimentação está intimamente ligado com o padrão de rede.

Devido ao fato de que as redes de comunicação podem gerar laços de realimentação, elas podem adquirir a capacidade de regular a si mesmas. Por exemplo, uma comunidade que mantém uma rede ativa de comunicação aprenderá com seus erros, pois as conseqüências de um erro se espalharão por toda a rede e retornarão para a fonte ao longo de laços de realimentação. Desse modo, a comunidade pode corrigir seus erros, regular a si mesma e organizar a si mesma. Realmente, a auto-organização emergiu talvez como a concepção central da visão sistêmica da vida, e, assim como as concepções de realimentação e de auto-regulação, está estreitamente ligada a redes. O padrão da vida, poderíamos dizer, é um padrão de rede capaz de auto-organização. Esta é uma definição simples e, não obstante, baseia-se em recentes descobertas feitas na própria linha de frente da ciência.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida : uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Cultrix, São Paulo, 1996. (pp77-78)

Roteiro edc270 08 e 09/05/06


- a importância, para a prática docente, da escrita, da reflexão, do registro

- da navegação solitária para territórios povoados e colaborativos: blogs para uma outra educação: interatividade, saberes rizomáticos, projetos colaborativos

- exemplos

- dicas

- registro no blog

. síntese e reflexão

. o que poderia ser feito

segunda-feira, abril 10, 2006

releituras - zaptlogs

Nesta semana o professor André Lemos me passou um texto que eu já havia visto mas não lembrava mais. Foi uma boa lembrança.

Neste texto Suzana Gutierrez fala de alguns pressupostos de seu projeto, o zaptlogs. Destaco algumas partes:
"a questão não é se e sim quando um terminal de computador vai fazer parte do cotidiano de cada cidadão" (pg2)

"A meu ver, a principal contradição é a de que as tecnologias educacionais
informatizadas (TEI) podem ser as tecnologias da educação (AXT, 2000) no sentido em
que são frutos de um projeto de sociedade e de educação dirigido pela e para a
participação coerente e crítica de todos. Ou podem ser tecnologias na educação, na
medida que forem a objetivação das idéias e do projeto de mundo de uma classe
dominante. Nesse sentido, se não nos apressarmos em construir as tecnologias da
educação acabaremos tendo que aceitar algumas tecnologias na educação." (pg2)


"a velocidade e a dimensão com que as transformações vêm
ocorrendo aumentam a nossa insegurança frente à complexidade de todo este processo."(pg2)

"Todas as questões referentes ao uso da tecnologia, a sua criação, seu papel no
cotidiano das pessoas, os espaços e interações que elas criam, as relações que emergem
nestes espaços, são questões importantes e urgentes para a humanidade. A
disponibilidade deste viver em rede, pelos desdobramentos múltiplos e profundos que
possui, requer que nos apropriemos deste conhecimento para podermos participar de
forma consciente, crítica e eficiente da construção das relações que emergem nestes
espaços."(pg3)
a informação deve ser significada para se tornar conhecimento a aprendizagem se dá em comunidades: "Aprender significa compreender, então compreender situa-se no âmbito da
construção do conhecimento (AXT, 2000). Uma construção que não é solitária, pois inclui os conhecimentos anteriores acumulados pela humanidade e o diálogo. A relação dialógica que constrói conhecimento, conforme entende Bakhtin (2000), estabelece-se entre sujeitos de linguagem, entre sujeito e texto e entre textos. Expressa-se nos signos, na linguagem oral e escrita. A digitalização acrescenta a estes meios de construção e expressão do conhecimento toda uma outra formação de signos, outra estrutura de texto, outra dinâmica espaço-temporal e outras relações."(pg6)


sendo assim, o padrão bancário não faz sentido

A autora traz as teorias de Trivinos (2003), qdo ele fala de um ensino baseado na pesquisa-ação crítica, ao qual ela propoe o uso dos blogs:
pesquisa que fomenta processos de igualdade intelectual e de
liberdade democrática entre os educadores de vários níveis, onde os educandos se
inserem como possuidores de conhecimento, com direito à voz e ação; uma modalidade
de ensino que desenvolva a cooperação, que promova o trabalho coletivo e que
possibilite a constituição de comunidades de pesquisadores.

Nessa hora me lembrei de Zabala, que propõe o uso dos diários como instrumento de pesquisa...

A autora também fala do potencial dos blogs como ferramenta de comunicação, lembrando dos webrings, os blogs como ambiente de produção colaborativa do conhecimento, desencadeando processos de expressão criadora escrita, artística, hipertextual. Ou seja, o sujeito deixa de ser consumidor (conteúdo que vem de fora, de forma opressiva, sem significação alguma) para ser autor, para gerar significações próprias... uma aprendizagem verdadeira!

Como o blog tb é um instrumento de memória,
"Eles possibilitam, também, o retorno à própria produção, a reflexão crítica, a re-interpretação de conceitos e práticas." (pg7) é um espaço onde fica registrado o processo, possibilitando novas visitas, novos olhares, tanto dos sujeitos do processo, quanto outros que buscam este espaço: é um espaço de pesquisa!
"Os weblogs registram todas as fases do projeto, sua criação, seu detalhamento e
desenvolvimento até sua finalização. Tornam-se adjuvantes do ensino-pesquisa,
facilitam a implementação de projetos inter e transdisciplinares, dando visibilidade,
alternativas interativas e suporte a projetos que envolvam a escola como um todo e, até,
as famílias e a comunidade." (pg8)
Nessa perspectiva, ela apresenta conhecimento, ciência e tecnologia como patrimônios humanos, assim sujeitos a suas itinerâncias, interdependentes dos processos sociais e históricos.
A autora também apresenta tensões e contradições
"Internamente, existem contradições entre: autor-usuário e autonomiadependência
em relação à criação/utilização do ambiente virtual e na mobilização de
pedagogias. Externamente, o fenômeno como um todo tensiona outras tendências,
como, por exemplo, as que deixam de fora dos espaços educacionais as possibilidades
das TEI ou as que utilizam as TEI na forma de um pacote fechado, instrumental e
acrítico."(pg9)

Estes são pressupostos de seu projeto, o Zaptlog, integrante do Zapt, que acontece(u) na ufrgs. É uma ótima referência!

Gutierrez, Suzana de Souza. Projeto Zaptlogs: as tecnologias educacionais informatizadas no trabalho de educadores. Cinted-UFRGS, Novas tecnologias na educação. V. 1 Nº 2, Setembro, 2003< www.cinted.ufrgs.br/renote/set2003/artigos/projetozaptlogs.pdf>

domingo, abril 09, 2006

Professores em blogs: identidades em fluxo

O corpo de alguns docentes, escamoteado, esquecido por muito tempo pelas teorias educacionais, encontra, nos blogs, espaços e formas de expressão, onde pode construir uma outra forma de identidade.
Mas será que este corpo permanece fechado em um aparato técnico?
Como a blogosfera é uma esfera que se relacionam com tantas outras (no ciberespaço e fora dele) em forma de rede, retro-alimenta uma identidade mutante.
Mas será que essa identidade é a mesma que se mantém no contexto educativo do professor? Será que o contexto educativo também é mutante? Será que a escola vê o blog como um espaço educativo?
A identidade do sujeito é intimamente relacionada à reflexão desenvolvida por este sujeito em seu blog. Ali, junto de suas reflexões, vai se dizendo, se mostrando, de acordo com um quadro de valores que, através do movimento da escrita, (re)pensa sobre seu lugar social, sobre quem é e o que faz, os lugares que transita.
Porém o ‘corpo’ ali apresentado aparece sob a descrição que o sujeito quer dar a si (em um movimento intencional ou não), como uma espécie de performatização.
Esta identidade também é mutante, a medida que se refaz nas interações com outros sujeitos e realidades possibilitadas pela realidade digital da blogosfera.
Ao mesmo tempo em que é uma potencialização do corpo é uma desnaturalização, é o sujeito fora de seu corpo, apresentando-se com a roupagem de suas palavras em uma interface gráfica digital. Estigmas e marcas do corpo deste sujeito (corpo que aprende com o sujeito e se forma junto dele) podem ser apagadas a medida em que não se fala delas. Pode-se dar mais valor a certas características (corpóreas, intelectuais...) que um olhar rápido ao sujeito não veria.
É com essa imagem construída que o sujeito se relaciona.
O blog também é um objeto de memória, o que propicia que a imagem do sujeito possa ser revisitada pelo olhar do outro que não fez parte da história desta construção.
Porém, essa construção não é totalmente intencional: ela muitas vezes foge ao controle do sujeito que se constrói. Isso por que o sujeito não se constrói sozinho, e sim na/da relação com os outros, com os espaços, com os fatos. Quando a imagem construída não é mais agradável ao sujeito, ele pode “trocar de roupa”, extinguindo um blog (ou não) e começando a montar outra imagem em outro blog, desta vez nu e agregando a si novas roupagens.
Este movimento, fluxo, agiliza as passagens os intercâmbios, as reflexões deste sujeito que aparece em uma esfera do ciberespaço, relacionado a muitos outros, para se fazer um sujeito em construção preocupado com sua prática pedagógica, colocando esta, por sua vez, também em uma constante reconstrução.

domingo, abril 02, 2006

como queria q todas as pessoas fossem éticas, sérias e justas...

sexta-feira, março 24, 2006

Processos identitários em blogs

Os blogs apresentam uma particularidade muito interessante: a identidade, nestes casos, é constrída de uma maneira muito singular. É um processo que vai além do "dizer o nome": a identidade vai se construíndo no profile e nas inúmeras informações que vão sendo disponibilizadas post após post, assim como que se o professor fosse tomando intimidade com a ferramenta e com os "olhares" e intervenções de outras pessoas em seu blog. Também é um processo coletivo, pois sua identidade vai se formando também nos comentários aos blogs alheios, onde passa por uma avaliação: se o comentário for pertinente, vai ganhar um novo "olhador" e "comentador" de seu trabalho... Muitas vezes não só de seu trabalho: para muitos, o sujeito docente não está apartado do resto do mundo, assim, para alguns, a atividade docente aparece intercalada por “flashs” da vida cotidiana. O sentimento de pertença também se faz presente, é o "seu" blog, mas quem mesmo é esse "eu"? Nem sempre essa construção é exatamente intencional, às vezes, inclusive, forma-se uma identidade que não agrada ao blogueiro, o que já fez vários abandonarem um blog e criarem um novo com uma cara nova, para poderem se mostrar de uma maneira diferente da construída anteriormente. A forma como se mostram, contudo, às vezes é barrada por características do espaço: por ser um espaço público, onde os alunos e superiores podem olhar e participar, nem tudo se faz presente. Ou o que é mostado é o que, para o autor/blogueiro, pode ser mostrado ou é conveniente mostrar. O mostrar também depende de uma familiaridade com a ferramenta para saber qual a melhor maneira de mostrar o que se quer mostrar, uma otimização do espaço. O espaço? Cada blogueiro tem sua nação, seu entorno, seu contexto, seu cotidiano, luta por interesses locais e dá visibilidade para eles, mas é atuante em uma terra com outras fronteiras: é a blogosfera!

segunda-feira, março 13, 2006

Uma amiga deu o seguinte depoimento sobre a criação do blog dela:

Qdo resolvi mergulhar fundo neste mundo da cibercultura, descobri um lugarzinho que me apaixonei: O BLOG. Neste lugar, vc lança td que der na cabeça. É um diário virtual. Vc vai faz dele o que quiser e o que é melhor, todos podem veem e comentar.... isto não é uma maravilha??? Eu, por exemplo fiz o meu mais profissional.... coloco minhas angústias, questionamentos, reportagens, enfim, td que entra na minha vida academica.

Gostaria muito que vcs viajasem nele um pouquinho e quem sabe vc não dar na telha e faz um tb??? Mas não se esqueçam de mandar o endereço para qie eu possa participar da sua viagem tb, viu???? E quem já tem, o que vc se sente com este mundinho???? O que te motivou a construi-lo???? Ah, quero o endereço, tá???

é muito bom ver que isto vai contagiando mais pessoas
e o interessante é q é um espaço tão complexo que por mais q tentemos identificar um pouco de toda esta complexitade, mais nos sentimos alienígenas...
ou mais nos damos conta do quão pouco é o que sabemos...
de qão efêmeros que os saberes e as ligações pessoais são....
de como as pessoas se relacionam em esferas móveis, fluidas, movediças...
de que o mundo é muito mais do que vemos, de que "o" espaço (ou o ciberespaço) é muito mais do que um terreno: são possibilidades, expressões, lugares q as pessoas (qualquer que sejam ou que digam que sejam) tem voz! voz para mostrar, dar visibilidade, criticar, criar, produzir conteúdo, refletir e, porque não, se formar (o que nada a tem a ver com "forma", "modelo")?

dar atenção especial é alimentar uma deficiência?

Todos temos necessidades especiais. Algumas pessoas tem mais dificuldade em desenvolver alguma ação do que outras. Ao notar que algum aluno não consegue, com a mesma facilidade dos colegas, o professor pode chamar o aluno para perto e ajudar a fazer. Mas, fazendo isso, ele não está alimentando a deficiência do aluno? ou, ao invés de "defidiência", é o resultado de uma história de vida onde não foi priorizado o desenvolvimento da execução desta atividade q p os outros parece tão simples?
Eu gostaria muito, enquanto professora, de conseguir criar um ambiente que propiciasse a emancipação, a superação das dificuldades para uma atuação efetiva e crítica no mundo. Mas será que atendendo o aluno em horários extra-classe ou dando uma atenção especial para ele, vou conseguir isto?

domingo, março 12, 2006

sábias palavras de um amigo

Sem tesão não há solução!
estas são sábias palavras de um amigo em um momento de desabafo...

http://pordentrodaciencia.blogspot.com/

sexta-feira, março 10, 2006

aulas, e a dissertação?

Muito bem, agora sou toda aulas
só quero ver qdo vou criar vergonha e dedicar tempo para a dissertação
já fiz promessa de q só vou a praia depois de defender: meu namorado disse q deve ser algum tipo de competição para ver quem é mais branca, eu ou o papel da dissertação. Nisso lembrei da professora Inês, que separou os assuntos de sua dissertação (ou foi da tese?) em folhas coloridas, todas espalhadas, intercaladas no decorrer da coisa...
Se eu terminar branca de pavor até q não é tão ruim, pior é se eu terminar amarela de vergonha d não ter feito coisa boa...

terça-feira, março 07, 2006

Boas vindas aos alunos de edc270!!!

Hoje começam as aulas da disciplina Ensino de Ciências Naturais e eu gostaria de desejar boas vindas a todos!
Este será um semestre onde discutiremos algumas questões relevantes e atuais do Ensino de Ciência, tais como questões curriculares, saberes de senso comum e conhecimento científico, formação de professores, saberes necessários à docência, o cotidiano e a realidade escolar, as linguagens e tecnologias no ensino das ciências, legislação brasileira referente ao ensino das ciências, a prática de ensino e o estágio supervisionado, entre outras demandas que poderão surgir no decorrer do semestre.
Os alunos deverão realizar observações e intervenções em escola, sendo que ao final do semestre apresentarão suas expriências em um seminário integrador entre Universidade e Escolas.
A avaliação se dará a partir da participação em sala de aula e das atividades propostas, o relato e reflexões em diários (blog), a apresentação de sua vivência no seminário e a entrega de um ensaio e o artigo final.

Desejo a todos um ótimo semestre!!!

quinta-feira, março 02, 2006

Descobri o significado de "exame médico"

Pegue uma pessoa em estado alterado, submeta a alguma situação extrema e, se esta sentir alguma reação adversa, está comprovado: ela realmente estava doente!

domingo, fevereiro 26, 2006

Saldo do carnaval

A maior festa do mundo ainda nem terminou e já pude ver algumas coisa:
*é extremamente fácil arrombar um carro
*os valores das pessoas são diferentes
* passamos a vida a querer construir um patrimônio e, de uma hora para outra, o que era conforto vira pesadelo...

acho q está na hora de EU mudar meus valores...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

qual o mínimo para ser incluído?

o namorado de uma amiga me perguntou o seguinte:
Qual o mínimo de coisas que você precisa saber usar no computador para considerar incluido digitalmente? Basta email? Tem que saber usar sites de busca? Ler jornais? Usar blog? Orkut? Qual o mínimo para ser considerado incluso digitalmente????
e aí eu fiquei me questionando

aí acho q levanta aquela questão: para que incluir digitalmente?
acho q não tem nenhum nível que possa ser medido, apenas a inclusão plena,social, econômica... o "dital"acaba sendo consequencia: o cidadão deixa de ser um consumidor de informação para ser construtor de conhecimento. Aí chegamos q tem muita gente q tem e-mail, q tem orkut, q acessa a conta do banco, q faz a declaração de imposto de renda, e não produz informação alguma, só consome, como se fosse um produto, um eletrodoméstico
já reparou q nesses mercados grandes os computadores são vendidos junto dos eletrodomésticos?
mas e ele é "doméstico" para quantos?
estive vendo no jornal nacional um levantamento q dizia q o salário mínimo, para garantir o q é de direito pela constituição federal, devería ser de mais de mil reais. E olha q a constituição nem diz q "é direito de todo cidadão brasileiro ter um computador em casa com acesso a internet"
qual a porcentagem da população q sobrevive com salário mínimo?
e ainda sustenta uma família com isso?
mas vale a pergunta: para que incluir digitalmente?


são coisas que isto me levou a pensar, que não tenho resposta, que ainda vamos conversar mais para madurecer...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Computadores na educação?

Agora que a história dos laptops por 100 dólares está a tona novamente, recuperei um artigo de mais tempo, que trata de uma questão que deve ser lembrada: e os professores?
se a discussão é sobre a inserção dos computadores na educação (pelos professores), então vale a pena dar uma olhadinha neste artigo

ressalvas:
* a criança não é tão encantada pelo computador porque alguém disse para ela que ela receberia um aumento no salário...
* o artigo derruba alguns dos mais comuns argumentos de "por que não usar o computador", mas talvez a questão seja exatamente o "usar" a "ferramenta": enquanto ele continuar sendo visto como uma "ferramenta para ser usada para o professor ser 'mais que ótimo'", a informática vai continuar sendo um "adendo" que "alguém" continua querendo "grudar" na educação que está aí, como se fosse um anexo...
* a última ressalva é sobre o q eu falei aí em cima(e q me toquei agora): os computadores não são "inseridos" na educação pelos professores: eles já fazem parte da vida e da educação (escolar ou não) de muitas crianças, só o professor (alguns) parece que não sabe...

No mais, adorei o artigo! Gostaria era saber a opinião sobre estes pontinhos...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

LINKS

Blope: http://osblopes.blogspot.com/
Blog: Educação pra os blogues: http://edublogues.blogspot.com/
Blog: Educação para os media: http://educarparaosmedia.blogspot.com/
Betina von Staa. Sete motivos para um professor criar um blog. http://www.educacional.com.br/articulistas/betina_bd.asp?codtexto=636

BEIGUELMAN, Giselle. Blogs: existo, logo, publico. Acesso em: 29 jul. 2005. http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/1578%2C1.shl

DICKINSON, Guy. Weblogs: can they accelerate expertise? Tese de mestrado em Educação da Ultralab, Anglia Polytechnic University, Reino Unido, 2003. Acesso em: 29 jul. 2005.

GENTILE, Paola. Blog: diário (de aprendizagem) na rede. Nova escola, jun./jul. 2004. Acesso em: 29 jul. 2005.

Balanço: trocando letras (blog): http://trocandoletras.zip.net/

INDICAÇÕES P O BLOPE
http://abiblogteca.blogspot.com/
http://eb1aldeiajoanes.blog.pt, que pretende,de uma forma regular, dar a conhecer os projectos e trabalhos desenvolvidos quer pelos alunos, quer pelos professores.
Para informações mais detalhadas, remetemos para o Post de apresentação do blog
http://professorsemquadro.blogspot.com



BLOGUE FEITO POR PROFESSOR
http://professordefisica.blogs.sapo.pt/
http://professorsemquadro.blogspot.com
http://magisterio6971.blogs.sapo.pt/ que pretende ser um elo de ligação dos professores do 1º ciclo do curso do magistério primário de 1969-71

http://tiaerika.blogs.sapo.pt/


Denise Schittine. Blog: comunicação e escrita íntima na internet. Civilização Brasileira:2004, RJ.

Trocando Letras - balanço

Gládis, no dia 10/12, contou sua tragetória ao blog coletivo Trocando Letras

domingo, janeiro 22, 2006

dos blopes

http://educarparaosmedia.blogspot.com/

http://edublogues.blogspot.com/

vale a pena ver

sábado, janeiro 21, 2006

dica de livros de nosso amigo sidnei... "tencologia e educação"

pinkisses

a amiga toda rosa criou um blog tb:
http://www.diarioacademico.blogspot.com

sexta-feira, janeiro 20, 2006

mais blogs....

portugueses q fazem de seus blogs mais ou menos um projeto pedagógico:
http://netescrita.blogspot.com/
http://blogdos17golfinhos.blogs.sapo.pt/

eu estava formulando um conclusão: os professores portugueses que mantêm blogs se preocupam mais (ou melhor, é mais frequentemente tema de posts) com causas macro-sociais, onde a educção se relaciona intrinsecamente, refletem e dialogam sobre isso. os brasileiros estariam mais preocupados com a atividade da prática pedagógica em si.

mas hoje, conversando com miguel pinto ( q me passou estes dois links aí) vi q o q eu tenho é: fui selecionando os blogs pelos links q um remete a outro e, é claro, um que reflete sobre causas sociais vai indicar outros q falam do mesmo assunto, assim os da prática pedagógica. então eu reforcei dois nichos, mas não que eles sejam representativos do país...

mais um lugar p fazer blogs

http://www.blogmais.com/

quinta-feira, janeiro 19, 2006

fotolog de prof ed física
http://falandodeesportes.nafoto.net/

vc já ouviu falar em BLOPE?

um BLoPE é um BLOgue em Português ou Espanhol na área da Educação
e, se já não fosse fántástico descobrir q existe esta "categoria" de "EduBlog", ainda descobri q existe o

Prémios BLOPEs 2005

Endereços de sites úteis para a construção dos blogs

Perdidos e achados

Peço desculpas pela brincadeirinha do título do post, mas gostaria de juntar aqui, a indicação de dois posts publicados por uma amiga
O primerio diz respeito ao desaparecimento de um brasileiro: um fato estranho que, se não é muncuna de autoridades, demonstra, pelo menos, o descaso que o governo brasileiro (e as autoridades competentes) com os cidadãos brasileiros em outros países...


O segundo me deixou muito feliz: é a cultura wiki se espalhando pelo mundo!

Vale a pena ver os dois posts e, é claro, futucar um pouquinho nos comentários, nas histórias e reflexões desta nossa querida professora...

terça-feira, janeiro 17, 2006

sabias palavras

rodeado de presidenciáveis, ele diz q não está se referindo a nenhum dos discursistas anteriores, mas que:
"Quem sabe faz, quem não sabe ensina, quem não consegue fazer um ou outro, critica"
Luiz Fernando Furlan, Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
na abertura da Couromoda
(lá até tem um link p uma reportagem sobre a abertura, onde foram proferidas as tais sabias palavras... pena q não tiveram a sensibilidade de ver a "grandeza" delas na cobertura...)

eu só queria saber como é q ele acha q deve ser a educação de seus filhos (se é q os tem...), pois, pelas suas palavras, quem sabe não ensina, quem ensina não sabe, e a crítica... para que? ela é privilégio de quem não sabe, não consegue ensinar e, deve ser, não consegue pensar tb... a propósito, esta frase dele não é uma crítica?
qdo ouvi isto, fiquei pensando em o que ele diria sobre meu trabalho... o que ele diria sobre todos os nossos mestres da educação (se é que ouviu falar de algum) que prezam a crítica, a reflexão, a reconstrução, a emancipação, a autonomia...
acho que se dessemos continuidade à frase dele seria
"Quem sabe faz, quem não sabe ensina, quem não consegue fazer um ou outro, critica" e quem pensa é pq não tem o que fazer...


Peço desculpas aos leitores pelo post triste, mas não consegui deixar de registrar meu repúdio...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

o que é um diário?

Segue aí a definição de diário de alguém que mantém um diário eletrônico.
E vc, blogueiro, como definiria "diário"?

“Como definir o diário? Parece fácil... As razões e os conteúdos variam tanto que é quase desesperante dar-lhes uma idéia completa do que ali se pode encontrar. Em primeiro lugar, um diário se escreve ao sabor do tempo, é muito diferente de todas as autobiografias, memórias e outras parentes próximas do gênero. O diário é observado dia a dia, mais ou menos escrupulosamente mas é sempre uma espécie de representação “em direct” ao vivo da vida.

Ter um diário íntimo é também muitas vezes bastante difícil. É uma atividade que exige uma certa disciplina, que ordena a vida. Eu gosto de mostrar os dois lados da medalha, é preciso ser realista! Pessoalmente, o que me anima é uma mentalidade que eu qualificaria de “arquivista” e de colecionadora. Desde criança, nunca pude me resolver a jogar fora seja lá o que for. Guardo tudo! Ter um diário é uma maneira de colecionar os dias... Claro, as ambições do diário são uma causa perdida de antemão.[...] Claro que o diário íntimo tem limites. [...]. Colocar-se no papel quotidianamente é também uma maneira de se colocar a nu e se decifrar o interior, sem ter a pagar uma terapia. Notemos que muitos o utilizam com fins terapêuticos, aliás, para acompanhar uma psicoterapia por exemplo ou uma convalescença. Passa-se a vida a se buscar, a se descobrir. O diário age assim como o testemunha desta busca de si, e mesmo como parceiro, pois estando sós em face de nós mesmos em nosso diário, não podemos muitas vezes agir de outra maneira senão ver e compreender aquilo que somos relendo o que escrevemos. Alguns relêem seus diários e se surpreendem com o que escrevera. Outros não compreendem mais nada. Mantendo o diário de nossos dias, é a si mesmo, é vida que a gente interroga. Sem obter respostas muitas vezes... Um diário é a encenação, uma representação de si. Nós somos o personagem principal de nosso diário. Nós temos às vezes a tendência a escrever as coisas não como elas são mas como deveriam ser. Escreve-se para embelezar ou dramatizar sua vida, para lhe dar um sabor novo. O diário é muitas vezes um dos últimos refúgios do sonho.”

Definição de “diário” por Michele (http://www.colba.net/~micheles) citada por

MUZART, Zahidé Lupinacci. Do navegar e de navegantes. In.: MINOT, Ana Chrystina Venâncio; BASTOS, Maria Helena Câmara; CUNHA, Maria Teresa (orgs). Refúgios do eu: educação, história, escrita autobiográfica. Florianóplis: Mulheres, 2000. (pp181-190) (a citação é das páginas 184-185)

comunidade de profs blogueiros

Olha aí uma comunidade de blogs de professores

quarta-feira, janeiro 11, 2006

o tempo é relativo


ou será q a marcação do tempo é uma ilusão coletiva à qual cada indivíduo aliena suas realizações individuais?

sexta-feira, janeiro 06, 2006

monstros IV

resolvi dar números para a seqüência dos monstros (
I, II, III)

"É possível, por exemplo, que os mercadores medievais tenham, intencionalmente, disseminado mapas que decreviam a existência de serpentes nas margens de suas rotas comerciais para desencorajar outras explorações e estabelecer monopólios" (pg 42-43)
Alguém notou alguma semelhança com o q acontece hoje????

O monstro corporifica sexualmente tudo que não é puro e não aceito pela sociedade, o contato com os monstros geraria então contaminação. Eles são "representações convenientes de outras culturas, generalizados e demonizados para impor uma concepção da mesmice grupal" (pg 46)

Criamos estratégias para nos defender do que é diferente, do outro, ao mesmo tempo em que concedemos à imagem do monstro nossos desejos que extrapolam ao dito culturalmente correto.
Vai aí uma dica de Marli: links de dois artigos que saíram na revista eletrônica SEEDNET do MEC que foi lançada agora.
http://www.seednet.mec.gov.br/sucesso/principal.php?id=9(uma reportagem sobre o trabalho dela)

quarta-feira, janeiro 04, 2006

monstros: jogo de polimorfismos e diferenças

O monstro é híbrido, viola as leis da natureza:
"Uma categoria mista, o monstro reiste a qualquer clasificação construída com base em uma hierarquia ou em uma oposição meramente binária, exigindo, em vez disso, um "sistema" que permita a polifonia, a reação mista (diferença na mesmidade, repulção na atração) e a resistência à integração"
"o monstruoso oferece uma fuga de seu hermético caminho, um convite a explorar novas espirais, novos e interconectados métodos de perceber o mundo" 31

COHEN, Jeffrey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In.: SILVA, Tomaz Tadeu da (org). Pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Autêntica : Belo Horizonte, 2000.

pérolas...

olha que graça as pérolas q se acha de quem te critica...

http://fserv04.flogs.com.br/j/janeladiscreta/fotos/0_22828.jpg

terça-feira, janeiro 03, 2006

que contextualização é possível com avaliação externa?

Estava a conversar com uma amiga e ela plantou a semente de algumas caraminholas...
ela faz uns trabalhos ótimos com informática na educação, faz maravílhas no laboratório. Mas é concursada e, teoricamente, afastada da função, ou, pelo menos, não exatamente na função para a qual fez o concurso. Como a palavra de ordem é cortar gastos, talvez ela saia e tenha q parar seus trabalhos tão bons.
Afinal, o que vale? cada professor em sua caixinha ou trabalhos mais contextualizados?
E, falando nisso, no "pacotão", parece que queriam implantar avaliações externas. Nesse ponto, nos questionamos, como as avaliações externas vão abarcar as diversidades locais (q, a muito esforço, tentam ser abordadas em aulas mais contextualizadas)?
É a história do "conhecimento universal".
Sim, reconheço, na cidade ou no campo, aprendendo por fórmulas usadas na construção civil ou por exemplo de agronegócio, a criança deve saber que um mais um é dois. Sendo assim, fica estabelecido q o q a criança deve aprender é q "um mais um é igual a dois". Mas então, e todo o resto, não tem importância? Será q as políticas públicas valorizam o reducionismo de querer verificar se a criança sabe q "Ivo viu a uva" é com "v"?
Por outro lado, temos uma formação de professores deficitária, professores inseguros e desmotivados para a formação contínua. A coisa fica ainda pior nas séries iniciais: o professor (com uma formação generalista) tem que ensinar o que são retas paralelas, mas ninguém ensiou a ele o que são retas paralelas e qual sua repercussão na vida das pessoas... Então ensinar sobre "corpo humano" acaba sendo competência de algum "especialista" que vem trazer "verdades" e, se são "verdades", não precisam ser questionadas... E qual a função pedagógica de um médico, um engenheiro, um advogado?
Logo, a saída é tirar um pouco o peso do conteúdo e dar mais ênfase ao "contexto", à "realidade do aluno". Assim, temos uma aula antenada, divertida, "tudo a ver com o local", mas esvaziada de conteúdo, afinal, a carga horária passa e não sobra tempo para descarregar tudo o q tem no livro didático, não dá p "vencer" o conteúdo, não dá p "dar" toda a matéria.

Afinal, o que vale? cada professor em sua caixinha ou trabalhos mais contextualizados? a realidade dos alunos ou o conteúdo?
e o que é mesmo que se quer dizer qdo se fala em "proporcionar condições de emancipação"?

Se a questão é dosar um e outro, de onde o professor deve fazer brotar esta capacidade?

inqueitações....

Zeitgeist

"Enterre o cadáver onde a estrada se bifurca, de modo que quando ele se erger do túmulo não saberá que caminho tomar. Crave uma estaca em seu coração: ele ficará pregado ao chão no ponto de bifurcação, ele assombrará aquele lugar que leva a muitos outros lugares, aquele ponto de indecisão. Decapite o cadáver, de forma que, acéfalo, ele não se reconheça como sujeito, mas apenas como puro corpo.
O monstro nasce nessas encruzilhadas metafóricas, como a corporificação de um certo momento cultural - de uma época, de um sentimento e de um lugar"(26)

Não importa quantas vezes matemos o monstro, ele regressará; sua ameaça é a propensão a mudar...

COHEN, Jeffrey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In.: SILVA, Tomaz Tadeu da (org). Pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Autêntica : Belo Horizonte, 2000.